Chamando por ti ouço-te ao longe.
Conheço tua voz de entre mil outras
vozes. Traz-me o vento em sussurro o
que é de nós,
passeio meus dedos pelo teu rosto.
Nada em ti me desconhece nada há
que eu não saiba, porque tudo em
nós prevalece, razão, lamento,
riso e choro, duas
andorinhas que dançam à sua semelhança.
E é no silêncio de quando nos escutamos
no próprio silêncio – olhos nos olhos –,
que bem-aventurados somos, por no
silêncio
nos sabermos a uma única e só voz.
Na primavera da vida por nosso bem-querer,
determinação e excelsa assunção,
nascem as mais belas flores, açucenas,
jasmim… oh, hierática
senhora, e seremos felizes, felizes assim.
Jorge Humberto
23/09/09