A Velha a Boa Rotina
by Betha M. Costa
Nada como tudo estar na perfeita e desequilibrada rotina: Deus a gritar que é Deus, os poetas do apocalipse a troar suas trombetas, os compadres e comadres com abraços, beijos e troca de dedicatórias que enchem de orvalho os olhos sensíveis.
Os poetas e poetisas malditas continuam suas cruzadas contra os moinhos de ventos das suas imaginações férteis e seus textos cheios de loucuras. Esses até do Orco foram excluídos, por que nem o Diabo os agüenta, e, com sua enorme língua de fogo os lança de volta toda vez que se rebelam e vão embora para sempre.
Fiéis, as hostes angelicais continuam enchendo a bola de quem tem escrita vazia, com impressões cheias de loas, que são mais bem escritas e bonitas que os textos aos quais comentam.
Os escritores pavões continuam a abrir o leque de suas penas multicoloridas com “o jeito de sou o máximo”; bem como algumas escritoras, feias, arrogantes e vaidosas que acham que são melhores que as demais e se julgam no direito de fazer críticas...
Ah, nada como a perfeita e desequilibrada rotina!