Quiseste em aspas fechadas forjar vendaval
varrer as pétalas em manhãs de outono
no olor das rosas perfumar o oceano
que a paixão desmentiu no instante final...
Rochas gastas do tempo por açoite hibernal
carícias que o mar repete em deleite profano
abrem-te-lhe as aspas, ao domínio ufano
noite de lua nova – arrabate boreal!
Voláteis aspas fechadas – chuva torrencial...
Convés imerso – desgastado amor urbano
ondas encrespadas - tolhidas por minuano...
Volta os olhos ao convés, cristalino eclipsado
tombadilho solitário em torpe desilusão
notas almiscaradas - na pele...no coração...