Poemas -> Reflexão : 

ESCRAVIDÃO

 
A chorar restamos
À Pátria já não amamos
Ao jugo subjugados não caminhamos.
A liberdade foi-nos escravidão
Mero elo de servidão
A uma vida sem aptidão.
Oh Ulisses cauto lutaste
Ao mundo quimérico não te acobardaste
E à tua Pátria te libertaste.
Hoje nesta Pátria de libertadores
À nação fomos traidores
De Deus não somos merecedores.
Estagnamos num charco de mercenários
Com marionetas políticas a grandes salários
Na conjuntura de infames salafrários.
Oh mundo unânime
Tua força do mal desanime
Tanto político pusilânime.
O mais ignoto rochedo grita por liberdade
Pode não ter pão mas tem gente à sua verdade
Portugal quer ser Espanha farto de tanta maldade.
Exausto de ser insultado
Clama o libertado por outro estado
Pois neste não vê politico prestado.
O povo das flores chora a má hora
E ao ver-se na penhora
Grita hoje pelo tempo da outra senhora.
Oh mundo que fizeste da lusa veracidade
Deste Portugal sem idade
Que ao mundo deu a universalidade.

Eduardo Dinis Henriques

 
Autor
Eduardohenriques
 
Texto
Data
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1802
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