o norte é rarefeito ao desnorteio
as halitoses desmumificam-se
do prego
são soníferos penhores à fragrância
libertados da algema prometeica
porque a flama é hipodérmica
as narinas são prostradas
ao depresso
o incensário do nilo sobeja a escassez
mas adorno aos braços
caudaloso sul ao texto das leituras
geológicas piramidais
floresce a pedra
sinapses ao vale do regicídio
enxerto ao cadavérico crucifixo
do fontanário de cinzas decepadas
à areia
alva descontaminante de lanífero
mas a ferrugem da vinícola apostolada
pulsa o magnetismo
estúpido lógico
os comboios pastam nas sepulturas
feridas gastronómicas com oxidado
mas nadar no deserto não afoga
as areias são escorridas de trilhos
grão a grão
dilatação na soma arcana
como ampulheta do espaço
das bacantes molduras timbrada embriaguez
os tirsos descalços são risos satânicos
cânticos negros ao palato
as salivas espumam-se de maresia
se os vagidos se circunfundem no recto
é elevado primado do secundário
o cume da falésia já se afogou
com destino plumado fluorescente
o dissonante é pendular
cortado fio da navalha
a furna platónica de lavoura vetusta
descarrila ao emparedamento
zaratustra é cume de pedreira
tauxiada flama ao interstício do real
vibra à laminação do messiânico
porque se escorrem sanguíneos ao cálice
graal menstruado ao nocturno
se os filtros são metalúrgicos
os vindícias são paraíso
nas carruagens de negrumes
a viperina desliza para atropelamento
com ígnea papirização de turim
o estanque implode nas areias
a cruz cadavérica é cadáver crucificado
à cinza
sepultadas epístolas nos carris
e repastam os comboios
© Bruno Miguel Resende