Deixa-me ficar aí a escutar o cantar do teu silêncio,
Aquele que em nada me perturba, antes me aconchega,
Aquele que resulta da ideia que existe um sentimento forte e consistente, que em nada nos compromete, antes nos une.
Gosto desse silêncio familiar,
que às vezes nos vem disciplinar o discurso,
Aquele que nos vem ajudar a levar em diante esta tentativa que fazemos dia a dia,
de superar ou enfrentar tudo aquilo que feito ruído para os nossos ouvidos, foi infortúnio.
Deixa-me aprender a superar toda a controvérsia e inquietude que me atrapalham a visão que tenho de nós,
Permite-te partilhar comigo da ideia que a vida se torna mais leve e segura quando feita de condescendência,
Apavora-me a ideia de renúncia.
Apenas deste modo sou capaz de conceber a arte de viver o amor, de viver a liberdade e de dar uso à felicidade.
beatriz barroso