Na rua a sardinha
cheira, por entre a poeira
ao carvão que a bronzeia
e nos ensina como se caminha.
Na calçada descalço
sem nada, no encalço
de um assobio que me canta
e a palavra encanta.
Sinto que me minto
sem perdão qualquer,
quando adormeço
e me esqueço de escrever.
Escrevo tudo o que vejo
o que me tem e desejo,
sou um pequeno louco
na imensidão de tudo, e eu tão pouco.