Cá estou eu,
Mais pra lá, do que onde estás;
Aqui nada é meu,
Nem de ninguém,
Acostumado sempre a ter,
Agonizando na tristeza de perder,
Sem ao menos ter alguém,
Pra compartilhar esta dor,
Enterrado até o pescoço pelo rancor,
Afundei na solidão,
Como eu pude me enganar!
Cair cegamente nesta ilusão,
Obrigado agora a nadar,
Nesse mar de putrefação,
Estava equivocado,
Tive minha chance,
E joguei pra bem longe,
Não acho que fui injustiçado,
Fiz aquilo que queria,
Mergulhei de cabaça no desejo,
E vivi assim dia após dia,
Até que recebi aquele beijo,
Que aqui me enterrou,
Por tempo indeterminado,
Até que eu possa aprender,
Aquilo que um dia neguei,
E recuperar o meu amor disperdiçado,
Para enfim reconhecer,
Siiim!!Eu pequei,
Neste dia o céu irá se calar,
Diante da minha fé,
Que tudo pode transformar.
mais?
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EDUARDO BRAUNE
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