No relógio do céu, as horas derretem,
Sobre a cidade, chovem peixes prateados.
Na rua, um velho piano toca sozinho,
Sob a luz de uma lua que respira.
Em cada esquina, um sonho esquecido,
E no peito, um coração de vidro,
Que pulsa ao som da chuva que canta,
Dançando com sombras que nunca dormem.
Lá, onde o vento sussurra segredos antigos,
Folhas de outono giram em um vórtice dourado,
Ecoando passos de dançarinos invisíveis
Que deixam suas marcas na calçada molhada.
Uma gata vaga, de olhos como faróis,
Reflete as estrelas errantes em seu olhar,
Deslizando entre as vielas, um fantasma silencioso,
Guardiã dos mistérios que a noite traz.
Nesse teatro de sombras e luz,
Cada momento flui como um rio de prata,
Onde o tempo para, ouve e sussurra:
“A beleza está no efêmero, no eterno recomeçar.”
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Bem-vindos ao meu refúgio, onde desvendo os mistérios da mente humana através da neurociência e da arte da palavra. Sou uma simples pessoa que, nas horas vagas, se torna escritora, explorando o mundo através da observação. Amante das artes e da diversi...