Comentário a "~18~" de Absalão |
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6/11/2007 15:11 Mensagens:
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O poema, na sua íntegra, estará legível após o comentário. Itálico. Este 18 tem um infinito escondido. Aliás, se deitarmos o algarismo 8, ele é o símbolo matemático para o infinito. Tem 5 versos, o que faz dele um poema muito curto. Em 2 deles, 1 só palavra com 3 sílabas. E apesar disso tem 3 estrofes compostas por 2 dísticos e 1 monóstico final. Excepto o primeiro e o último, os restantes têm métrica desigual. 9 no 2º, 5 no 3º e 7 no 4º (tenho a tendência para contar a última também em muitos casos). E, do nada, aparecem vários números para além do título, que se quisermos ser obtusos, podemos subtrair os algarismos envolvidos e se fizermos 1-8=-7. E ficamos com o fabuloso e mítico 7 na negativa. Do que fala, então o 18? Parece falar de si mesmo. Segundo vários conceitos, posso afirmar sem duvidar vez nenhuma que estou perante um poema. Ou melhor, poesia. Da que inebria e alivia. A unidade que foi determinada para definir, ou classificar os poemas, antes do número de versos, ou estrofes foi a sílaba. O que faz o segundo verso, no seu começo, simples e elementar. Porque, desde o monossílabo que ele existe. Assim como a palavra existe desde a primeira letra nos artigos definidos, por exemplo. "...rebanhos de sal..." tem um composto essencial ao equilíbrio bioquímico (o tal sal) e o condão de dar sabor (aos alimentos, pelo menos) e até de preservar (salgar). O nome colectivo "...rebanhos..." deixa-me insatisfeito e confuso. Associado a ovelhas, e como metáfora àquele animal passivo e "sem vontade", não me parece que tenha outra função para além de determinar quantidade. Soa bem, mas causa-me uma certa indignação. Se eu voltar a ser obtuso, posso dividir o "...rebanhos..." em "...re-banhos..." e leio a repetição dos banhos, e esses têm o dom de lavar, purificar. Sacio-me. As "...palavras negras..." podem ter sentidos metafóricos, e pode ser associado ao negativo, ao escuro da noite, sendo relacionada ao fim do dia e ao sono (até ao sono eterno) e repouso. Como literalmente porque a maioria dos escritos, sejam em alfabeto, seja em ideogramas, é de um fundo branco com símbolos que traduzem ideias ou sons em tons escuros (azul ou, o meu preferido, preto). Bom verso. Não tendo a genialidade do anterior. "...anunciando a morte..." porque há um fim em todos os "...poemas...". Todos devem ter intenção. O ópio, com que acaba o poema 18, tem várias aplicações. Desde as lúdicas às medicinais. É milenar, sendo mais antigo, talvez, do que a escrita. Tem uma triste ligação, actual, ao tráfico de heroína e ao crime. Mas nem sempre foi assim. Assim como os "...poemas...", quer no acto da sua escrita, como no da leitura, inebria e alivia. Em latim, em itálico, ou não. ~18~ poemas: sílabas e rebanhos de sal palavras negras anunciando a morte opium Leia mais: https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=373532 © Luso-Poemas
Criado em: 14/7 10:37
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