Re: Faz um poema |
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Da casa!
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ao Poeta desconhecido
caminhaste essa Lâmina excruciante e pendeste o Tempo fora de Horas sempre demoras um pouco até os Dedos ficarem roucos de Tinta e de Finta em Finta dizes me Segredos de Degredos dentro de ti já Colagens se me pespegam aos Ossos e uma Armação férrea me transgride em Canções que me arrancam o Ser e que rimam o Acontecer corróis as Palavras no meu Interior que cai morto aos seus Pés e se levantam num Hino imortal desconhecido de qualquer Jornal (aue scripturus es) *não inédito
Criado em: 1/3/2012 0:29
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Re: Faz um poema |
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Da casa!
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(tenho uma cantilena na forja)
curvei um verso a ferro e fogo pragas não rogo brasas avivo incandescentes em tonos quentes toco endechas soo a bigorna como uma morna vulcano sou bato o poema este é meu lema
Criado em: 1/3/2012 19:55
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Re: Faz um poema |
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Da casa!
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(a modos que ouvi falar do poeta)
nunca li neruda mas caluda estou a aprender a escrever um poema só e este tem um nó de embargo na voz provocado por mim seu algoz (ai se tivesse sido lido não me sofrerias ao ouvido)
Criado em: 2/3/2012 23:32
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Re: Faz um poema |
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sem nome
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[ arquiteto... ]
Curva se para erguer As sílabas das palavras Que casam com os verbos Nos tempos que sopram As tempestades de idéias Arquiteto de frases Constrói as torres Que elevam verso a verso De dentro para fora d´alma As emoções do íntimo Desejosas de alcançar o céu Edifica divinamente Estas dádivas e agradecido Forja com amor, os símbolos Da representação Que encena o poema Palavras só palavras... Benesse do homem Que vive na ousadia Enquanto deitado No coração da vida Espera a sua hora... Será isso a poesia? Neruda sabia Vivia seu canto Tudo queria... “Yo quiero que todos vivam en mi vida y cantem em mi canto...” ( Eu quero que todos vivam na minha vida e cantem no meu canto...)
Criado em: 5/3/2012 10:46
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Re: Faz um poema |
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Se me confundir com a imagem Que me diz de mim Não quero saber dos momentos Que ela me traz Porque me sei arredada do céu E cairei na terra amolecida Pelos meus passos Saberei dar uma nova forma Às minhas doidices Como se me soubesse Num cubo de vidro A limar as arestas Que definem o espaço Em estado etílico Furo com os meus olhos Os pedaços que sobraram Da queda que dei E não serei nunca à sua medida Para tornar a ver a luz do dia O céu é a cor do meu leito Quando me deito Mas entro num sonho A preto e branco Noite tão noite Como a sombra desenhada no chão Dia tão dia Como a visão tornada ilusão Tão branco o banco Dos meus olhos Tão negra a sombra caída a meus pés A imagem indefinida sucumbiu
Criado em: 6/3/2012 13:01
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"Uma longa viagem, começa com um único passo" Lao-Tsé http://novoolharomeu.blogspot.com/ http://rituaisdomomento.blogspot.com/ http://terrasaltasdogranito.blogspot.com/ |
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Re: Faz um poema |
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Membro de honra
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Se a mesa se farta
De gente Eu farto-me de comida Que não é Para toda A gente esfomeada Sacio-me E embebedo-me De gente Que não sabe comer Sentada Lambuzo-me E satisfaço um prazer Doentio Que é comer E não saber beber Sozinha Lamento Mas não posso Partir Sem saber Como é Sentar-me à mesa E não comer Nem beber A última gota De vinho
Criado em: 6/3/2012 15:04
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Re: Faz um poema |
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Por um instante
Julguei-me Alquimista Das palavras Que não sei... Portanto Se ousei Sem ser artista Lágrimas Eu não chorarei Não fui brilhante Eu sei O poema está à vista Coisas estranhas Desta que nunca serei...
Criado em: 6/3/2012 18:09
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*... vivo na renovação dos sentidos, junto da antiguidade das lembranças, em frente das emoções...» Impulsos https://socalcosdamemoria.blogspot.com/? https://www.amazon.es/-/pt/dp/1678059781?fbc... |
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Re: Faz um poema |
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sem nome
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[obsessões ]
esta obsessão pela escrita é uma fome que consome o faminto... esta obsessão pela leitura é uma sede que nunca mitiga o sedento... lembra me o filho que bebe na mãe e a terra que bebe o céu toda vez que recebe a chuva no peito isto nunca cessa... lembra me os amantes que são bocas bocados saboreiam tudo sem pressa devoradores devorados assim sempre será... estas obsessões são autofágicas quase insuportáveis mas , aprende se a amá-las ...
Criado em: 6/3/2012 21:04
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Re: Faz um poema |
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Colaborador
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sangrar a palavra
no depurar da essência a nascer poema.
Criado em: 7/3/2012 11:20
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Re: Faz um poema |
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Da casa!
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(ludoteca fogosa)
deixei que o ar arrefeça e um verbo mal conjugado mesmo ao meu lado nem sempre quis que isso aconteça ando desvairado talvez mesmo algo arrimado junto poemas num monturo espalhados como se achavam agora estão empilhados mas não no escuro (cheguei lhes fogo ardem sempre no meu jogo)
Criado em: 8/3/2012 1:06
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