Re: Faz um poema |
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Membro de honra
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8/12/2008 15:15 De Vila Viçosa
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Alentejo…
Procuro Nas pedras Pedaços Da alma Retalhos Forjados Campos de trigo Papoilas Vermelhas Sargaços Em flor Procuro a calma Alentejo Esplendor.
Criado em: 13/2/2012 9:24
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Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado. Duas caras da mesma moeda: Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´ Julia_Soares u... |
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Re: Faz um poema |
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Da casa!
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(a unção de um sorriso)
lembro de um sorriso sob a sombra de uma oliveira prenhe de frutos verdes pendurados e negros de maduros espalhados em redor pelo chão e uma deusa desceu à terra com dois ramos dessa árvore sagrada em suas mãos coroou me ungiu minha fronte com azeite e um beijo fez uma declaração divina e sorriu depois partiu ficou o seu perfume de oliva entranhado na minha pele até hoje eu sorrio (nunca mais saiu)
Criado em: 13/2/2012 21:44
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Re: Faz um poema |
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sem nome
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[ a paz que vem de dentro]
Conta o poeta etéreo Em um tom afetuoso Que o viver é milagre Deve se olhar ouvir Os sinais... A Natureza brinca Joga ensina guia E revela os segredos Da enigmática vida Desde o arrebol Que o pintor inveja Até o azul do céu Que reflete no mar As estrelas cintilantes E a lua cheia platinada Refúgio dos amantes O olor dos jasmins Aspergindo orvalho Nas rosas encantadas Enamoradas dos cravos Do inquieto jardim Onde as borboletas Beijam as flores E as abelhas Buscam o mel No rastro Dos beija-flores Sublime! Ah, poeta divino! Um anjo um prumo Derrama serenidade Um centro Uma dádiva esta paz Este rumo Com sabor de êxtase Que explode De dentro...
Criado em: 14/2/2012 11:34
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Re: Faz um poema |
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Membro de honra
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8/12/2008 15:15 De Vila Viçosa
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Olhar condoído...
Caminha trôpego De farrapos vestido Caminha ausente Não sonha ou presente O momento é incerto Relembra o logro Na dor esvaída Ruela da vida Num copo caído Momento traído À sorte madrasta Um dia foi jovem Saltou o presente Hoje velhinho Está só e ausente Tombado na ruela Mais morto que vivo Eu passo singela Descaio o olhar condoído.
Criado em: 14/2/2012 14:59
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Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado. Duas caras da mesma moeda: Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´ Julia_Soares u... |
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Re: Faz um poema |
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está com abraços
nos braços está tudo ali nas azinhagas e eu rio com um rio ainda de prata perco-me nos labirintos frios em cantos e prantos dizem-me das avenidas novas tão perto mas tão longe das mulheres de antes que branqueiam os pátios com as mãos enrugadas e esperançadas na nova cidade que um rio cuida e a noite descuida
Criado em: 14/2/2012 16:14
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"Uma longa viagem, começa com um único passo" Lao-Tsé http://novoolharomeu.blogspot.com/ http://rituaisdomomento.blogspot.com/ http://terrasaltasdogranito.blogspot.com/ |
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Re: Faz um poema |
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Colaborador
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o homem-árvore
feito raiz à margem do rio escreve poemas feitos seiva e musgo às ocre folhas e abandona-os ao murmúrio do vento a beijar a face límpida da corrente das águas. http://oamarazul.blogspot.com/
Criado em: 14/2/2012 20:42
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http://1sapatonovo.blogspot.com/ |
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Re: Faz um poema |
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Membro de honra
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20/5/2008 17:39 De Porto
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Interessante, o desafio inicial.
Tentando: por ser juntei-me ao círculo- poesia é um círculo quadrante eu sombra final indicadora da não luz. desconcerto desmantelo desmemorizo sensações sem tempo nem partículas de egos falsos: poesia é um despalavramento escrevê-la é argumento para ganhar tempo. o resto é permanecente. (iiiih, qué.qué.isto...?)
Criado em: 15/2/2012 0:54
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Teresa Teixeira |
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Re: Faz um poema |
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Membro de honra
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Como disse lá atrás o Carlos, também eu fiquei presa a esta corrente... há aqui poemas belíssimos, quase me sinto envergonhada do que escrevi, por brincadeira.
há palavras por aqui que são mistérios desfiados, mãos que se empenham em bailes desafiados vozes que se esticam em acrobatismos destinados passos que se dançam em timbres desatinados riscos que se traçam em voos desfeitos coros que se erguem em solos desafeitos - há palavras por aqui que são mistérios. »» se as desafiam as vozes do destino as palavras desfiam os mistérios das mãos em acrobacias sem tino: um traço é um passo para um solo que esboroa, o risco é um voo se um olhar por si só voa. »» por aqui- diz-me a palavra em tom de mistério. e eu emprenho as mãos (para a viagem) e ensaio a voz em audácias soltas na ponta dos meus olhos: voo.
Criado em: 15/2/2012 1:56
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Re: Faz um poema |
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Membro de honra
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ou então partir do nada e na viagem pelas palavras reter tudo para se dizer tanto. mas nunca o bastante.
Criado em: 15/2/2012 10:12
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Re: Faz um poema |
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sem nome
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Porque... A palavra é Poslúdio e eco Dos efeitos das Emoções ou Idéias que fluem Sem cessar Brotam uma a uma Tentando expressar Os sentimentos E os pensamentos Acertam e erram Neste decifrar Nesta representação Sentimos isso Quando fica um Êxtase ou um fastio No corpo e na alma Que gritam... A linguagem É metáfora Da experiência Mas, é carregada De enigmas E energia Freud e Einstein Explicam... [ ...mas, a poesia sublima ]
Criado em: 15/2/2012 11:47
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