E SE CONTASSEMOS UMA HISTÓRIA, UMA AVENTURA DA NOSSA JUVENTUDE? |
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Membro de honra
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1/12/2007 10:08 De Natural de Sacavém,residente em Les Vans sul da Ardéche França
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TEMPOS QUE JÁ NÃO VOLTAM
Decorria o ano 1951 se a minha memória não me trai, e o Castelo Branco inaugurou o novo campo de futebol. O Benfica e o Sporting da Covilhã eram os dois principais clubes convidados e o Benfica perdeu por um a zero, com um golo do espanhol do Covilhã, Suarez Em Castelo Branco, morava um Industrial, Sacavenense do coração que sempre que podia ajudava o nosso clube e não deixando os seus créditos por mão alheias, fez com o Sacavenense fosse convidado para essa inauguração jogando o jogo de abertura, contra o Castelo Branco, jogo esse que perdemos por três a um. O Sacavenense tinha alugado um autocarro para deslocar a equipa e os lugares vagos foram vendidos aos sócios, onde eu e o Victor que era marceneiro nos Olaios, espero que ainda seja vivo, Um abraço, Vitor, como explicar quem era o Vitor, era mais conhecido pelo Vitor cachimónia, não me perguntem porquê, não vos sei responder, compramos os nossos lugares e lá fomos no sábado para Castelo Branco onde toda a comitiva tinha encontro marcado com esse grande Sacavenense e casa dele. Os acepipes, lá estavam colocados na mesa de forma requintada e apetitosa, a jeropiga era à vontade e houve umas senhoras peruas onde entre elas estava eu e o Vitor. Foi uma tarde maravilhosa. Quando saímos fomos à procura de uma pensão para passar a noite, baratucha, o plim plim era pouco e reservamos um quarto para os dois. Fomos então dr uma volta pela Cidade e comer uma sandes, beber mais uns copitos que ajudaram a que a perua ainda ficasse maior. Entretanto chegou a hora de ir para a pensão, mas nas condições em que nos encontrava-mos, já víamos duas ruas ao mesmo tempo mas a pensão, essa, não a vimos. Perguntamos a um habitante se conhecia a pensão, sim senhor, conheço muito bem, olhem ,até calha bem, ó José, podes levar estes senhores à pensão? Mas com certeza, respondeu. Eu e o Vitor, nos entre-olhamos, incrédulos e tivemos o mesmo pensamento; este está a gozar connosco, pois que o tal José, era cego, cana branca na mão e vamos lá, disse o José começando a caminhar à nossa frente. Andamos ainda cerca de dez minutos e de repente, o Senhor José... pronto, é aqui a vossa pensão. Ficamos sem palavras, e com cara de estúpidos. No dia seguinte realizaram-se os jogos e no fim havia um jantar servido aos clubes convidados nos Paços do Concelho e nós fomos até para tentar a nossa sorte, Chegamos, quisemos entrar mas o porteiro, não nos autorizou a entrada, ainda fizemos umas lamentaçõesitas, mas nada havia a fazer. Ficamos por ali, olhando lá para dentro de tempos em tempos e víamos os jogadores sentados a dar ao dente e nós ficávamos ainda mais esfomeados. Mas o milagre aconteceu: Alguém chamou o porteiro e nós aproveitamos a distração dele e entramos na grande sala, havia lugares vazios, sentámo-nos e à nossa frente estava o Palmeiro Antunes, o Cabrita, O Caiado e toda a equipa do Benfica. E os jogadores do Benfica ainda nos ajudaram pois que aproximaram as travessas e comemos à grande. Um Benfiquista de Castelo Branco, caçador de autógrafos, lá ia de jogador a jogador pedindo o tão desejado autógrafo. Chegou junto a mim, e diz, ó Senhor José Pereira, por favor, dê-me o seu autografo. Mas está enganado, respondi eu, eu não sou o José Pereira. Sim, sim eu conheço-o bem, é o guarda redes do Benfica. Eu jurava que ele estava enganado, pois que o José Pereira nem foi nesse dia a Castelo Branco, foi o Rita que jogou. Então, o Caiado que estava à minha frente e ria a bom rir, disse-me, assine assine, ele não conhece o José Pereira de lado nenhum e assim lá assinei o autógrafo que não era o meu. Ainda hoje, se esse senhor é vivo, está convencido que tem o autógrafo do José Pereira. Nessa noite, ao lado do Oto Glória que era o treinador do Benfica, ouvi falar de futebol como nunca tinha ouvida nem mais ouvi na minha vida, esse treinador era um enciclopédia de futebol e dava verdadeiramente gosto ouvi-lo falar de futebol A. DA FONSECA
Criado em: 10/1/2012 21:33
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SOU COMO SOU E NÃO COMO OS OUTROS QUEIRAM QUE EU SEJA Sociedade Portuguesa de Autores a Lisboa AUTOR Nº 16430 http://sacavempoesia.blogspot.com em português http://monplaisiramoi.eklablog.com. contos para as crianças de 3 à 103 ans http://a... |
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