Re: Nova obra de Vóny Ferreira apresentada em Leiria |
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14/5/2008 20:44 De Leiria
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Marlene,obrigada pelo carinho manifestado, depois de mais uma "investida" (in) confessável...
Palavras como as suas recebo numa maioria esmagadora. Digo e repito que nem os grandes escritores terão (conscientemente) a pretensão de agradar a todos...) porque sabem que isso é de todo impossível. O resto? hum... o resto... cada um tire a elação que lhe aprouver! São os leitores que fazem com que os livros sejam lidos e são sempre eles que determinam se a mensagem desses livros tem ou não algo de relevante. Obrigada pelo carinho que me dá, assim como estou grata aos milhares de leitores que ao longo destes três anos de site me têm transmitido a sua inequívoca admiração. Num momento em que praticamente não comento ninguém por ter prioridades no mundo da escrita, apraz-me registar que continuo a ser uma das colaboradoras deste site mais lidas. O resto...? eheheheheh Beijo, Poeta e obrigada! Vóny Ferreira
Criado em: 23/5/2011 9:41
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Re: Nova obra de Vóny Ferreira apresentada em Leiria |
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Querido Poeta
De si, Poeta de alma que veste a simplicidade dos que são de facto poetas, de si tenho recebido sempre longos abraços entrelaçados à delicadeza e sensibilidade dessas palavras que falam de si quase como um sussurro. Sabe? Esperei que outros viessem felicitar-me até por uma questão de cortesia. Fi-lo sempre ao longo destes anos em homenagens não regateando o meu contentamento sempre que alguém lançava mais um livro. Mas a vida é mesmo assim... cheia de encontros desnecessários e de amigos de ocasião. Grande e profundo abraço e tão só por um motivo. Pela sua delicadeza sempre presente! Bem haja, Carlos! Beijos Vóny Ferreira
Criado em: 27/5/2011 9:58
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Re: Nova obra de Vóny Ferreira apresentada em Leiria |
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28/7/2009 9:35 De
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Oi amiga, está quase!
Hoje lembrei de passar de novo por aqui, para partilhar da tua alegria, e de novo desejar-te o maior sucesso, que seja grande o teu bem estar e que a felicidade seja autêntica. Esquece as decepções, quem não passa por isso? Mas o que importa é a partilha da tua obra com aqueles que gostam de ti. Um beijo
Criado em: 27/5/2011 13:05
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Na plenitude da felicidade, cada dia é uma vida inteira. Johann Wolfgang Von Goethe |
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Re: Nova obra de Vóny Ferreira apresentada em Leiria |
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Muito obrigada querida amiga pela tua presença aqui.
Quanto às decepções esqueço-a sim, amiga. Na verdade sou de extremos. Assim como amo facilmente as pessoas também as esqueço definitivamente quando me magoam. Bjs e grata pelo teu carinho de sempre. Vóny Ferreira
Criado em: 28/5/2011 21:56
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Re: Nova obra de Vóny Ferreira apresentada em Leiria |
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Da casa!
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28/3/2011 14:01 Mensagens:
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Espero sinceramente que a esta SRA. ESCRITORA, que é a VonyFerreira tenha um sucesso imenso !
Admiro por demais a escrita, a essência da escrita, a beleza da escrita, e toda verdade descrita na sua escrita !! Com imensa pena não posso estar presente, mas tenho a certeza que vai ser um estrondo ! Desejo Tudo de bom, e também as maiores felicidades !! beijinhos e Boa Sorte! ad_Te ****
Criado em: 30/5/2011 15:23
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Re: Nova obra de Vóny Ferreira apresentada em Leiria |
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AdTe
deixo os meus sinceros agradecimentos. Felicidades infinitas para si também. Um grande abraço, Vóny Ferreira
Criado em: 30/5/2011 17:42
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Re: Nova obra de Vóny Ferreira apresentada em Leiria |
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17/7/2008 21:41 Mensagens:
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Ora bem, como o prometido é devido, deixo aqui o texto que serviu de base à apresentação feita em Leiria e que foi uma sessão bem marcante, sobretudo porque uniu ao usual nestas ocasiões, um instante de afectividade com uma sentida homenagem a uma jovem recentemente falecida. São gestos que ficam.
Também posso fazer esta inserção agora porque a apresentação que irei também efectuar em Lisboa, a 18 do corrente, segue outras vias porque este trabalho da Vóny tem de facto muito sumo. Ora bem, cá vai então o texto: "Apresentar uma obra de prosa de ficção é, para mim, algo que me é difícil de efectuar, sobretudo pela tentação de, tal como a velha companhia, cinéfila por excelência, que connosco vai ao cinema e que, mal as luzes se apagam, nos confidencia, triunfante: “a culpa é do mordomo”; e lá se vai a piada do filme, o prazer de descortinar a trama. Desta forma, o que dizer sobre um romance, sobretudo quando há uma história a ser contada, mas sem a revelar em demasia? Isto é, sem lesar o leitor, mas que diga o necessário para lhe cativar o interesse? Este é, em suma, o desafio que se me levanta quando tenho de apresentar obras deste género literário. No entanto, pouco revelando da teia urdida pela autora, chamarei à atenção de alguns detalhes que, julgo, sempre podem despertar a curiosidade no futuro leitor e que, naturalmente, a este leitor despertaram essa mesma curiosidade. Ao viajar por entre este romance deparei-me com um pormenor que, se eu fosse um daqueles leitores incapazes de distinguir ficção de realidade, ávidos por descobrir o autor, ele próprio, retratado na obra, ficaria desde logo satisfeito. A esse género de leitores, que julgam que tudo o que se escreve é reflexo daquilo que o criador é, permitam-me que faça aqui o papel da tal velha companhia cinéfila. Ora bem, há três personagens fulcrais nesta obra, duas cujos nomes começam com a letra M, e uma outra cujo nome se inicia com a letra I. Descobrindo que entre as M não há um vínculo de facto, entre cada uma das M e I existe esse mesmo vínculo. Ou seja: I está entre as M; o que resulta na palavra “mim”. Será então esta a descoberta da pólvora? Vamos entrar na história real do autor? Embora tal não me interesse, antes prefiro ideias e a forma como estas se defendem, creio que não. Vamos então ao que interessa. O primeiro detalhe a que chamo a vossa atenção tem que ver com o narrador. Para além de hábil gestor do Tempo, este encontra-se presente ao longo da obra como uma espécie de sombra, salvo raras excepções, uma destas ligadas à cidade de Leiria. E refiro-a porque aí descobri uma designação curiosa que até pensei na altura ter sido um descuido da autora, dado saber que mantém diálogo com pessoas do outro lado do atlântico, refiro-me ai termo “calçadão”. Dizia eu que o narrador era uma quase sombra ao longo da obra, o que acordou em mim a sensação de estar a ler uma peça de teatro ou um guião para filme, onde a liberdade é atribuída ao encenador ou ao realizador. O leitor pode criar livremente cenários, gestos, fisionomias ou quaisquer outras características que desejar. Todas, excepto as da dimensão psicológica, que esse é um outro detalhe. Nesta componente, a autora radica o dimensionar das personagens através do discurso directo e é por essa via que sabemos dos seus percursos de vida, do que esses percursos criaram em cada uma, para o bem e para o mal, em termos de mentalidade ou de valores. O leitor que entre nesta obra com preconceito, até pela temática de fundo, dirá somente isto: descartar responsabilidades; não vincular-se com a ideia expressa na obra; no entanto, creio que é exactamente o reverso que está em causa. Pretende-se criar condições, não só para o que antes referi, cada um de nós (re)criar os ambientes, imaginar as personagens, mas, e sobretudo, conferir força a essa mesmas personagens para que estas tenham condições, através do texto, receberem o dom da vida, ultrapassar a sua condições de meras personagens de ficção. Este suporte estrutural envolve riscos, mas o que é a vida, não a que se encerra no discurso ficcional, mas a deste lado, sem que se corram riscos? Estou em crer que valor algum teria. E por se falar em riscos, um risco, o qual é um outro detalhe que gostaria de deixar à vossa consideração, é o de se colocar uma das personagens fulcrais em zona de risco puro, melhor: num plano de fragilidade, quase direi de alvo a abater, para com o leitor com o mínimo, e quando digo o mínimo, refiro mesmo aquilo que é o basilar do Ser Humano. Nunca a opção material se deve sobrepor à opção afectiva. Pois bem, por voz própria, a personagem em causa refere que optou pela condição material em detrimento, note-se bem, de um filho. Ao colocar uma personagem nesta condição, certamente que despertará no leitor um sentimento de desprezo para com a mesma. Cumpre pois a esse mesmo leitor descortinar do porquê da condição criada. E pergunto: como entender o ganho sem a perda, o amor sem o ódio, a paz sem a guerra? E chegamos então ao tema que funda a narrativa, a questão da homossexualidade, desta feita, feminina. Tirando duas circunstâncias, ambas envolvendo homens, uma a da não aceitação da condição da filha, outra a do homem ver o corpo da mulher como uma espécie de estação de serviço, creio que o tema está bem tratado, quer ao nível relacional, quer ao nível da visão que a sociedade ainda hoje possui sobre a homossexualidade, bem como da visão que o homossexual tem sobre a sociedade. Referi há pouco as tais duas circunstâncias que envolvem homens porque estas também nos levam para o tal jogo do extremo, isto porque há uma outra personagem do sexo masculino, esta de tenra idade, que aceita com naturalidade esse género de relação. Isto é, talvez eu esteja a ser benevolente ao entender desta forma o que era o intuito da autora, creio que se trata, até pelo fosso geracional existente, de uma visão de mudança de mentalidade ou um símbolo de esperança dessa mudança. No entanto, e para concluir, entendo que esta obra, de facto, não é um romance sobre homossexualidade, antes de uma narrativa cujas personagens fulcrais procuram aquilo que todos nós procuramos, caindo e erguendo-se ao longo do caminho, em suma: procuram aquilo a que nós designamos por amor, por felicidade, enfim: a sensação de complemento e de equilíbrio." Um abraço Xavier Zarco
Criado em: 5/6/2011 11:00
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Re: Nova obra de Vóny Ferreira apresentada em Leiria |
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6/8/2009 19:29 De Sorocaba - SP - Brasil
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Olá Xavier,
Agradeço por compartilhar desta sua brilhante apresentação. Creio que este livro é um desafio para todos nós. Não tenho dúvidas da coragem dessa mulher, mãe, amante, autora e amiga Vóny. Ela nos desafia a rever nossos conceitos, assim como, um dia teve que descobrir os seus. Através de suas palavras, nesta apresentação, fica uma vontade intensa de conhecer esta obra. Quebrar tabus é para quem está com a alma mergulhada na compreensão do que é a essência, além da sexualidade definida por um questionário de catálogo de identificação. Parabéns por este desafio. Sucesso sempre! Helen De Rose.
Criado em: 5/6/2011 20:57
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Re: Nova obra de Vóny Ferreira apresentada em Leiria |
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Cabe-me aqui manifestar o grande orgulho que foi para mim
ser apresentada (magnificamente pelo Xavier Zarco, que de uma forma concisa e magnifica falou da essência do livro. Quanto ao que a Poeta e amiga Helen de Rose escreveu demonstra uma vez mais a sua inteligência, ponderação e tudo quando deixou aqui expresso (inteligentemente) eu limito-me a subscrever e assinar por baixo. Grata "olhos de lince" é bom ter uma amiga como tu, acredita! Vóny Ferreira
Criado em: 6/6/2011 14:33
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