Re: Quem sou eu - Xavier Zarco |
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Super Participativo
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2/10/2011 14:20 De Lisboa mesmo ao lado...a levo de braço dado.
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Não sabia que gostava de quadras!
Pensei que intelectual não gostava de coisas tão populares, mas olhe bem que eu gostei de ler as suas. Sabe passam a vida a passar-me p'la cabeça as ditas, muitas perco-as por não ter papel à mão e a memória já não ser o que era. Obrigado então por ter partilhado as suas, gostava da sua opinião em relação ás que tenho postado..ah mas esqueça eu sei que o tempo vale dinheiro. Passe bem
Criado em: 21/10/2011 13:29
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Re: Quem sou eu - Xavier Zarco |
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Cara Girassol,
O tempo até pode valer dinheiro, e de facto vale: somos, a maior parte das vezes, pagos pelo tempo que dedicamos a uma actividade e eu não sou excepção, mas ler também nos paga, e muito, pelo que terei todo o gosto em ler o que tem escrito (confesso-lhe que nunca a li). Sobre as quadras mais ou menos ao gosto popular, quase todos os "intelectuais" a praticaram. É um excelente exercício quer ao nível de marcação rítmica quer ao nível da concisão a que estas obrigam. Um beijo Xavier Zarco
Criado em: 21/10/2011 13:34
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Re: Quem sou eu - Xavier Zarco |
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1/12/2007 10:08 De Natural de Sacavém,residente em Les Vans sul da Ardéche França
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Camarada Xavier:
foi com enorme prazer que li e apreciei o seu CV, e ele é verdadeiramente belo, as minhas sincéras felicitações, mas cheinho de inveja rsrsrsrs Abraço, camarada A. da fonseca
Criado em: 21/10/2011 15:20
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SOU COMO SOU E NÃO COMO OS OUTROS QUEIRAM QUE EU SEJA Sociedade Portuguesa de Autores a Lisboa AUTOR Nº 16430 http://sacavempoesia.blogspot.com em português http://monplaisiramoi.eklablog.com. contos para as crianças de 3 à 103 ans http://a... |
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Re: Quem sou eu - Xavier Zarco |
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Camarada Aberto da Fonseca,
O curriculum é o que é: diz que fiz isto ou aquilo; mas o que conta é o que eu vou fazer. E é isso o que eu preciso sempre saber. Grato pelo comentário, um abraço Xavier Zarco
Criado em: 21/10/2011 16:00
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Re: Quem sou eu - Xavier Zarco |
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Ora bem, vamos então para os livros impressos (a qual constitui a linha mestra de Obra), assim, uns poemas de "O livro dos murmúrios" (Palimage Editores, Viseu, Portugal, 1998):
de súbito o desejo marés de sentidos percorrendo oceanos de ternura *** das ondas o murmúrio esculpido no ventre das conchas *** ícaro agarra nas asas do poema esboça o abismo a queda mas voa
Criado em: 23/10/2011 13:09
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Re: Quem sou eu - Xavier Zarco |
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sem nome
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Hmm, procurei no Luso e vi que nunca arriscou um haikai. Tente, imagino que irias gostar.
Criado em: 23/10/2011 19:57
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Re: Quem sou eu - Xavier Zarco |
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Camarada Umav,
Não sei ao certo se não terei aqui colocado algum. Não utilizo a classificação quando publico: vai tudo para "Poemas". No entanto, embora não siga com rigor a feitura do haikai, somente a componente formal, a sequência de 5, 7 e 5 sílabas métricas, editei uma obra que já aqui mencionei: "Respirar das sombras"; que é constituida somente por poemas desse género. Designo-os de pseudo-haikais porque nem sempre são executados desprovidos de imagens e sem a referência, que é obrigatória, ao "kigo". Um abraço Xavier Zarco
Criado em: 24/10/2011 6:58
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Re: Quem sou eu - Xavier Zarco |
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... continuando: "O guardador das águas"; obra editada pela Mar da Palavra (Coimbra), em 2005.
Recebeu o Prémio de Poesia Vítor Matos e Sá, em 2004, organizado pelo Conselho Científico da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, cujo juri, presidido por Maria Helena da Rocha Pereira, integrou também Fernando Guimarães, Maria António Horster, José Carlos Seabra Pereira e Graça Capinha. Este livro foi patrocinado, no âmbito do Programa de Apoio à Edição 2005 - Novos Autores Portugueses, pelo Instituto Português do Livro e das Bibliotecas (Ministério da Cultura). Contou também com a colaboração de dois camaradas brasileiros: Del Schimmelpfeng (desenho da capa) e Andityas Soares de Moura (prefácio). Era de noite. De breu se vestiam os montes, a face do céu. Por onde vagueasse o olhar, velas cintilavam nas cortinas do cansaço que os dedos do vento acariciavam. *** Era longa, a noite. Manta tecida e estendida pelos campos que desconhecidas mãos regiam ao ritmo das estações. *** Em casa, no silêncio habitado da memória, a lareira cantava o destino da madeira.
Criado em: 24/10/2011 7:51
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Re: Quem sou eu - Xavier Zarco |
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... e seguindo viagem: "O fogo A cinza", obra que mereceu o Prémio de Poesia do Concurso Literário Manuel Maria Barbosa du Bocage - 2005, organizado pela LASA - Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão, que editariam, nesse mesmo ano, o livro. O júri foi composto por João Reis Ribeiro, José-António Chocolate e Luís Maria dos Santos Graça.
*** moldava o pai o fogo das palavras o filho observava o acordar da chama o murmúrio do fole ancestral era o gesto soletrado as sílabas do malho no cântico da bigorna *** serena é a arte do sol o preciso conjugar do nascimento e da morte o bailado das sombras ou a mesura do gesto com que as mãos o olhar e a alma profanam os segredos dos deuses *** na forja a lenta combustão do silêncio entre risos e acordes libertos da memória das árvores línguas de fogo lambendo a face das pedras esboçando a ciência da música
Criado em: 25/10/2011 10:00
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Re: Quem sou eu - Xavier Zarco |
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... continuando: eis-nos em 2007. Nesse ano, com um júri presidido por Maria Helena da Rocha Pereira e composto por Fernando Guimarães, Maria António Horster, José Carlos Seabra Pereira e Isabel Pedro dos Santos, "Variações sobre tema de Vítor Matos e Sá: Invenção de Eros" vence o prestigiado Prémio instituido pelo Conselho Científico da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, o Prémio de Poesia Vítor Matos e Sá. Pela segunda vez, este prémio é atribuido a uma obra da minha autoria. O livro foi editado, nesse mesmo ano, pela Edium Editores, contando, de novo, com uma capa com o traço de Del Schimmelpfeng e contou com um prefácio de José Félix. Aqui vai um naco dessa obra:
Nota prévia: Este ciclo nasce, tal como o próprio título indicia, de um tema, um poema de Vítor Matos e Sá intitulado “Invenção de Eros”. Os seus instantes surgem de excertos desse poema. Daí o seu destaque, a negrito, neste exercício poético. 1. Há um lago no rosto da casa aberta na face das tuas mãos. Talvez somente os teus olhos o desvendem. Talvez o vento de passagem em ti recolha a Invenção de Eros. 2. Venho da distância. De longe, onde o sol se deita para regressar qual criança que reinventa o mundo com suas próprias mãos. 3. Fui procurar-te, como um rio que demanda a razão do mar, para ser contigo nos caminhos do sal.
Criado em: 26/10/2011 6:35
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