Comentário a "sem título" de Paulo-Galvão |
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O poema, na sua íntegra, estará legível após o comentário. Primeiro, estranha-se a simetria na rima da primeira para a segunda estrofe. Entretando, estranha-se o título. Acaba-se, com a forma verbal no tempo passado e começa-se no presente, também no que diz respeito às estrofes. E volto a estranhar o título, e já começo a achar que o poema (sim, é um poema, e não pequeno) devia ter um grande título. Depois há rimas dentro dos próprios versos como no caso de (logo no primeiro) "no estreito parapeito...". só para reparar que o começo podia ser o meio, já que é feito em minúscula. "...olhos baços\de sombra acumulada..." tem um sentido amargo muito profundo. A mágoa turva a visão, quer literal, quer metaforicamente. Mas o "...véu..." da mesma estrofe (coisa de noiva, por exemplo) mantém um ar de inocência que associo à esperança. Não me parece algo definitivo, apesar de duro, a primeira estrofe. E volto a estranhar o título. O saudosismo que surge na segunda estrofe foi bem conseguido, quer na imagética, quer no uso apropriado da metáfora. E ainda ando engraçado com a rima do "...só..." com "...pó...". e ponho-me a pensar se o "...parapeito..." não será, afinal, um neologismo. Ou seja, algo como para-peito. sendo o prefixo designação de "acima de" e peito, bom peito é aquilo que já se sabe... Que me leva a uma interpretação um pouco diferente: o "...estreito..." coração, por exemplo. Muito bom! Favoritei Apesar do título, que afinal até já acho grande. sem título no estreito parapeito forma-se um véu diante olhos baços de sombra acumulada, só, resignada. outrora os braços, na vista desafogada, como por defeito ali pousaram, no pó, contemplando o céu. Leia mais: https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=370846 © Luso-Poemas
Criado em: 30/12/2023 7:40
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