E para senti-la, a arte, não é preciso nada? Apenas deixar a merda do sentir se apropriar do cérebro do incauto? Estudar, raciocinar, para criar ferramentas para lidar com as emoções inerentes a arte, não é preciso? Do nada o cara cria uma complexidade artística e a sente em sua máxima completude, é isso?
Estudar a trajetória da arte, falo da arte estabelecida e toda essa merda borrada nas paredes, é sim de extrema importância para dar um pitaco de candinha instituída.
E sim, toda a merda da produção humana é arte, um vaso sanitário é arte, uma porta, uma chave, tudo é construído consciente ou não com a intenção de agradar, no sentido de possibilitar ao homem, beleza e evolução, rapidez e imput no entendimento mais profundo e, portanto, mais abstrato. O abstrato, é importante que se diga, é assim para o medíocre e ignaro, porque quem está neste nível mais elevado, vê tudo mais claro.
O que leva o homem a esse estado de cume, de percepção? O estudo de toda essa parafernália tecnológica a que nós chamamos natureza e que tanto imitamos e tentamos superá-la, as vezes, o que é muito natural..(rs..)
Sem a porra do raciocínio consciente e elevado a fé é cega e, isso é para energúmenos e prosélitos, portanto tem que haver o estudo aprofundado para conseguir se apropriar das sutilezas emocionais, sem se deixar levar de roldão pelos sentimentalismos pobres e ridículos e, isto tudo, no intuito de se chegar a um acordo com a própria diretriz que rege o senso crítico, para, ainda, galgar um pretenso equilíbrio, conseguindo, dessa maneira uma boa comunicação com o outro. Afinal, não somos essa tragicidade gregária? Puta que pariu, SOMOS GREGÁRIOS ATÉ A MEDULA! O OUTRO, PORTANTO, É DE SUMA IMPORTÂNCIA, É VITAL, INCLUSIVE PARA A MERDA DO NOSSO EQUILÍBRIO!!!
Mas, o camarada pode “escolher” a rispidez, a irascibilidade, por conta do falso entendimento de que aprendeu alguma coisa só com a observação soberba e perfunctória de um olhar estrábico de intelectualidade livresca. A dívida vai parecer impagável, quando se der conta da fatura.
O que falamos por aqui são flatulências constrangedoras. Uma arte fedorenta, mas arte..(rs..)
Sou fã mesmo de quem sabe amar acima de tudo. Este sabe o que é arte e vivencia a arte no próprio corpo, todos os dias, porque sabe que esse arcabouço biológico é fruto de uma mente artística e profundamente, supremamente, inteligente. E nada escapa a esse homem que está além de si mesmo. Nada!
Portanto, à arte de viver, nos abandonemos a esse estudo até às vísceras, às entranhas, à medula, respeitando ao máximo a alteridade alheia e a própria, porque não consigo ver no poeta outra conduta que não seja a do amar acima de tudo. Tudo, mesmo! Mas aí estou falando dos verdadeiros poetas que estão para além das letras de microscópio. Penso assim.

Estou seguindo a leitura dos comentários e estou gostando do tópico da Roque.

Mas, agora fiquei pensativa...

Alguns autores Clássicos tinham demência, esquizofrenia e até oligofrenia por algumas perdas de áreas cognitivas, o estado de consciência estava alterado, como dizer que a arte nasceu assim e marcou toda uma história literária? Onde está a perfeição no meio disto tudo?

Nascemos criativos, isto é certo, mas de onde vem toda esta inspiração no processo criativo? Como podemos analisar algo tão sobrenatural, em alguns casos?

Citando:










?????




arte de privada(??) pode transparecer a tipos iguais a estes, em veiculações próprias advindas de suas audiências datadas de sua impotência que é: objetar e concluir, pois. é necessário, a estes espécimes, galgarem-se em latifúndios quais deles, não pertencem.
a exemplo:

um reles autor, até então perpendicular à sua objeção à tal da irascibilidade(uia..), é, e agora, um boca-suja que usa-se de seus poucos latidos, à refutar o que outrora, escreveu. pois, é moda, então: dizer palavrões, rs
tradução: fãs de merda.


..

já, à questão dessa idéia estapafúrdia de igualar a arte à imagem do vaso sanitário, eu.. simplesmente, quero calar-me. à respeito. tsc,
e respondendo à questão de "perceber" a arte, é simples, bocudo:
LEIA! VEJA! ESCUTE!
e depois, quando estiver só e escondido de todos os olhos que vc quiser mesmo, esconder, admire, $%$@%¨*&¨%!!!!!!

não é através de insultos forçados, coragens castradas, idéias indevidas e atributos de acompanhamento à insígnia de votos(tais como, adular os rabos alheios), que vcs vão calar a crítica da arte. mesmo que não seja, em efetivo, considerada crítica, mas à sua percepção de.
evoluam..
não percam os vossos argumentos, nivelados à vossa deficiência.

Citando:





...


ao meu ver, a perfeição, se é que ela existe, pode ser indicada ao talento, ao espaço oportuno, ao estudo, etc.. mas não vejo como origem registrada e identificada qual fosse um selo(ou pedigree, rs). por exemplo, o talento: há uns e há outros e há mais que outros e outros além, daí o seu consumo, vezes a sua apresentação, logo: a similaridade com a dita arte. a arte de quem faz um depósito de m..(ou privada) é diferente daquele que faz moldes em demais proporções, e assim por diante.. acho que não há como definir o estado de nascença da arte, mas há como percebermos quando ela está presente, e.. até quando esta se foi(vide: van gogh).

então,

independente de suas deficiências(algumas até em auto-controle destes, ahaha), não importa o mensageiro, mas..

..a mensagem.
aqui, qual a arte que o traduz. sendo posto, o estado de trazê-la, somente! não obstante se é ou não "estudado", formado e o escambau.. apenas importa, a arte. e, pronto!


é o que eu acho a respeito do que vc disse.



ps: roque, por favor não me mande à m.. por ficar "causando" no teu tópico.. '-'

Na materialidade onde as questões são geradas não existe verdade e sim sintonia mental. Na mente não há saída e sim um infinito "labirinto". Bom apetite.(para o seu usuário)

Na arte tenta imitar-se a natureza, porque não existe nada mais perfeito; até uma sanita imita a forma do corpo para lhe dar o conforto da cagada, lol.Até uma cagada proporciona uma sensação de alívio supremo. Vão negar? ahahah
Assim, para aqueles que dizem que para fazer ou apreciar arte é muito melhor para quem se aprofunda do conhecimento, não deixando de concordar também discordo. Leiam só, quanto a isto um poema de Fernando Pessoa:

O Mundo não se Fez para Pensarmos Nele

O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de, vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...

Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...

Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender ...

O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...

Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...

Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema II"


Então, arte será uma construção por aproximação do homem à natureza real ou sensorial, algo que transmite um sentimento de prazer (podendo até ser tristeza, como num filme - a 7ª arte) quando se olha, se usa, se sente. (?)

Acredito que o verdadeiro artista cria 90% para si.
Claro que quer ser reconhecido mas não vai se render à fórmula fácil...
Para o que está na moda e assim chegar ao topo.

Temos vários exemplos nas artes plasticas: Modigliani, Van Gogh, Gauguin e mesmo o grande Cézanne.

Olá Roque!

Adorei os versos de grande mestre Pessoa!

Sempre defendo o conhecimento, qualquer um. Acho que engrandece, enriquece, enobrece... melhora a vida do homem, artista ou não artista... para mim conhecer é evoluir ( tenho na cabeça que para sentir é preciso pensar, no sentido de consciência do próprio sentimento (entendimento) ) Mas, não duvido que possas estar certa , também. Opiniões diferentes e variadas que enriquecem os temas, e uma não (necessariamente) extingue/invalida a outra. O pensamento é o coração das possibilidades e " pensar é conhecer através de conceitos: raciocinar".

Vou conversar mais um pouquinho (aqui) neste instigante tópico, bem pouquinho,rs.

Então,

... creio que para se apreciar a arte, aqui se cai na empiria do gosto subjetivo (estética), começa com a percepção. Os sentidos recebem as informações, depois o sujeito através de um julgamento (juízo) aprecia (ou rejeita ) o percebido. Distingue assim o belo na natureza e no espírito ( arte). Logo segue (sente) a sensação... Como é o cérebro que comanda tudo (consciência das emoções) , depois da percepção, é o pensamento(juízo/cérebro/mente) que vai fazer deslanchar todas as sensações... sentires. E, cada um sente a seu modo... (seu gosto/julgamento).

A “arte” sempre recorre a uma técnica (conhecimento) , é construção humana. É impossível fazer qualquer ‘arte’ sem a técnica correspondente. O grande Fernando Pessoa era um verdadeiro artista e possuía uma cultura ímpar. Entendia de tudo e debatia qualquer domínio ( arte, política, história, etc...) com seus pares. Genial, nos legou sua bela arte. Estes versos são mais uma prova do seu grande talento. Escreveu-os para emocionar seu leitor (nosso fingidor). Expressou, com competência, os sentimentos que sentiu ao contemplar a natureza , captou a beleza e o sublime (tinha condições para este sentir e este expressar). Mas, também sabia provocar outras emoções com sua superior ‘arte’ (indignação, raiva, nojo, surpresa, alegria , tristeza e por aí vai). As obras maiores/superiores, mesmo produzidas por/em épocas diferentes, se forem universais , valem para serem admiradas ( e sentidas) a qualquer tempo. Tocam (atingem) a sensibilidade do homem porque são essência pura de humanidade... e, estas(as obras) transcendem o artista; já as obras menores/inferiores morrem cedo, até antes do próprio criador...

Mas, para criticar a arte de uma época, com certeza é preciso ter-se muito conhecimento, coisa que não tenho, rs. Sei que nada sei... e, apreciar ‘ arte’ é muito diferente de fazer ‘arte’, porque no primeiro caso é coisa (a ciência) do gosto , pura subjetividade.No segundo caso é a capacidade (soma de subjetividade e objetividade) , talento, sensibilidade, técnica e muita coisa mais...

As divergências sempre existiram, lembro que li uma vez que Cézanne discordava do ensino clássico da pintura. Este afirmava que o desenho era distinto da cor – desenhava-se o esquema espacial dos objetos desejados (paisagens, retratos, natureza morta, etc...) depois estes eram preenchidos por cores. Cézanne afirmava o contrário: “ a medida que se pinta, desenha-se”. Ele queria repetir a natureza, gerar os contornos e as formas pelos arranjos das cores. Concordo com ele. A natureza faz isso o tempo todo, é por isso que sentimos emoções profundas - com uma paisagem, o arrebol do pôr do sol ou da aurora, o suave luar... as cores associadas à luz, são toques divinos. Creio que o grande pintor queria as emoções nas suas telas: conseguiu! (isso é pensamento meu,rs).


Este teu tópico está muito interessante mesmo...



Bjs,

ALICE




Corretores de plantão, peço mais uma vez, relevem,rs

Vou apresentar a seguir cenas do filme Modigliani que retrata bem o que sente o artista:
Vejam isso:
http://www.youtube.com/watch?v=qNjDR_R4Yf0

Alice, és uma querida, e gostei imenso dos teus textos neste tópico. Nota-se que que deste um salto enorme de libertação do teu amor classicista primário. rs Mas sinceramente gostei do teu contributo.
Também gostei do Srimilton (acho que escrevi bem).
Roque, citaste Alberto Caeiro, heterónimo sensacionista, com uma estética sensacionista, diferente do Pessoa ortónimo, ou de um Ricardo Reis, outro heterónimo, com estéticas poéticas diferentes. Daí haver necessidade de relativizar os pontos de vista estéticos.
Termino dizendo o que todos os artistas dizem: Na arte, ou produção estética, tem de haver dez por cento de inspiração e noventa de transpiração.
ps- transpiração significa estudo e trabalho.
lá dizia o Camões, um parolo qualquer (rs): "se a tanto me ajudar engenho e arte..."
engraçada a evolução semânticas das palavras: ingenium deu engenheiro, um técnico, e significava criatividade e arte, que significava técnica, deu artista...
tão a ber num tão???!
beijos e abraços (apertados!)
:)