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Re: A Música que nos inspira - N° 9
Super Participativo
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23/5 2:48
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Flor da Noite - Nana Caymni (2006)



Criado em: 29/6 21:29
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Re: CINEMA - Os filmes da minha vida / Benjamin Pó
Super Participativo
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23/5 2:48
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-
Vi todos esses filmes, incluindo o Remains of the Day
Autênticas obras-primas! Que anos, esses.

Depois de fecharem os cinemas e com o surgimento das séries e das plataformas de streaming, o cinema como o conhecemos praticamente acabou. É triste.

Beatrix

Criado em: 29/6 21:02
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Re: CINEMA - Os filmes da minha vida
Administrador
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2/10/2021 14:11
Mensagens: 484
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Que saudades tenho do cinema nos anos 1990... Em particular do ano de 1993. A lista de filmes é impressionante e alguns dos meus filmes preferidos são desse ano: A lista de Schindler, O Piano, A Idade da Inocência, Adeus Minha Concubina, O Estranho Mundo de Jack... Sem contar com outros, que também nos deram momentos de grande prazer, como Philadelphia, Em Nome do Pai, Orlando e até o primeiro Parque Jurássico.

De todos, destaco Os Despojos do Dia, obra maior de James Ivory, com Anthony Hopkins e Emma Thompson, baseado no livro de Kazuo Ishiguro. Continua a encher-me as medidas de cada vez que o revejo e esse entusiasmo levou-me a escrever um poema sobre ele no meu espaço. Se tiverem curiosidade em lê-lo, está aqui.


Criado em: 29/6 10:57
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Re: Comentário a "Herezia", de Vania Lopez
Membro de honra
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25/1/2009 12:13
De Pouso Alegre - MG
Mensagens: 18440
Que olhar visceral. Rasgou as linhas da poesia. Diagonou o espelho. Sou um pincel de agradecimentos. Aos colegas, que deixaram por aqui esse olhar que demora. Grata sempre. Bjs

Criado em: 28/6 0:42
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Devo confessar que sou o contrário, meus passos seguem em contrário.
Sou uma pessoa inquieta, vou onde meu vento me leva. Artista Plástica e escritora, as vezes sem saber se pintoraqueescreve ou escritoraquepinta...
Procuro por algo, mas a intenção n...
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Re: Comentário a "Herezia", de Vania Lopez
Participativo
Membro desde:
26/5 12:30
Mensagens: 18
SaLvé

"Herezia" seja feita.

Cada um com a sua e cada qual igual a si mesmo. Sem He /a/zia só posso salutar este espaço.



PedroL

Criado em: 27/6 17:57
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Pedro Lobo
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Re: A Música que nos inspira
Participativo
Membro desde:
26/5 12:30
Mensagens: 18


" Queremos PAZ", é uma da músicas que se pode ouvir, dançar e refletir de " Gotan Project" . Em 2001 lançam " La Revenge del Tango " ,revolucionam a forma como se pode sentir o tango, sem no entanto perder sua identidade.

PedroL

Criado em: 27/6 17:47
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Pedro Lobo
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Re: Comentário a "Herezia", de Vania Lopez
Administrador
Membro desde:
2/10/2021 14:11
Mensagens: 484
Obviamente, concordo com tudo o que disse o Rogério.
Este espaço constituiu-se como um lugar que complementa os comentários feitos aos poemas na página de cada utilizador.

Uns mais curtos, outros mais longos, todos estes textos têm o mesmo objetivo: lançar luz sobre os poemas, não para os compreender (a poesia não é redutível à compreensão racional), mas para fazer brilhar os aspetos que, por estarem na penumbra dos versos, passam despercebidos.

Fico feliz com a presença da Beatrix em mais este projeto, ela que tem sido uma colaboradora assídua e cheia de entusiasmo em diversos espaços deste site. Aliás, é ótimo ver numerada a análise, dando a entender que se prepara para mais.
Que venham muitas e tão interessantes como esta.

Abraços para os dois!

Criado em: 27/6 13:07
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Re: Comentário a "Herezia", de Vania Lopez

Membro desde:
6/11/2007 15:11
Mensagens: 2088
Acho uma oportunidade fantástica os vários utilizadores publicarem as suas reflexões no espaço crítico.
Nisto podemos agradecer a Benjamin Pó a ideia, e vários contributos seus.
Tudo aquilo que se possa acrescentar a um comentário, ou à iniciativa inicial de comentar um poema, é positivo, enriquece a reflexão.
Vozes concordantes, vozes discordantes...
Ou visões completamente inesperadas.
Esta, que a Beatrix nos traz, é assim.

A ligação dos versos, das metáforas, ao elemento espiritual é de excepção.
Um verdadeiro abre-olhos.
E se, segundo a alguns, como li ao Silva Santos recentemente, o poema é enigma, interpretação, é saudável ver esta.


Criado em: 27/6 7:25
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Sou fiel ao ardor,
amo esta espécie de verão
que de longe me vem morrer às mãos
e juro que ao fazer da palavra
morada do silêncio
não há outra razão.

Eugénio de Andrade

Saibam que agradeço todos os comentários.
Por regra, não respondo.
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Comentário a "Herezia", de Vania Lopez
Super Participativo
Membro desde:
23/5 2:48
Mensagens: 168
"Herezia" de Vania Lopez - Link para o texto original


“Herezia” de Vania Lopez

permita-me despir sua ausência
cortejar sua nudez
bebendo seu vinho…

lançar a irreverência
de minha ausência estar tão perto da tua
que mal possa tocar

em nenhuma lembrança tardia



ANÁLISE Nº 1

Não posso dizer que partilho das opiniões e comentários que os meus excelentes colegas fizeram antes de mim. Próprio de quem lê poemas tão ricos e subjetivos, por vezes, que podem originar interpretações até opostas.

Depois de ler e reler o poema, uma primeira e clara impressão ficou nítida para mim: a negação (tardia); o sentido do nada (despir, nudez); do não (mal possa tocar ou nenhuma lembrança); do vazio (a ausência).
Existe, para mim, uma imagem clara de NADA, mas que não é zero. Podia até ser infinito...

Além disso, e talvez o que me impressiona e sugestiona mais no poema é a espiritualidade ali presente.
No título, ficamos logo avisados de que o se segue é heresia ou Herezia, como o escreve a autora.
O sujeito poético (s.p.) é herege?
Vejamos.
O poema inicia com uma forma muito deferente de se dirigir ao interlocutor, o outro – permita-me. Portanto, este é alguém que, muito provavelmente merece reverência, cuidado, atenção, um poema...
A permissão é para despir a ausência, como se esta estivesse vestida; e uma ausência vestida não deixa de ser uma ausência. Mas cortejar sua nudez requer presença, ainda que não física, e a imaginação daquele(a) que se encontra nu(a).
E aqui eu diria que o s.p. fala de Jesus Cristo na cruz. Ausente com um herege pela frente, e nu, despido. Quando se reza, se venera o Filho, olhámo-lo na cruz, e é sempre assim que está: despido com um pequeno pano apenas para que o cortejar e o rezar sejam atos de amor e/ou fé, e não de cobiça ou luxúria (herezia minha).

bebendo seu vinho... e isto é o que os cristãos fazem na eucaristia: é-lhes dado o corpo e sangue de Deus, mas só se estiverem livres de pecado. O sangue é o vinho e o corpo o pão.
Beber do sangue de Deus, ou do Filho, em pecado, é de um herege que até se atreve a lançar a irreverência de assumir a sua própria ausência, ainda que perto da dele, na Cruz. Será?

E assim mal possa tocar em nenhuma lembrança. O castigo, devido ou não, merecido ou não, preferido ou não... (...) tardia, o s.p. refere-se a um passado ou a um futuro? Se por um lado, a lembrança nos remete para o passado, o tardia lembra-nos o futuro. E é no presente que escreve este nosso s.p.
Abdicando do Céu que Deus promete, de acordo com os atos praticados em vida (as lembranças tardias?).
Temos um herege que assume ser o Inferno o seu destino por Herezia?

Até o z de Herezia, que substitui o s na palavra, me fez lembrar de Nazaré, Jesus de Nasaré (mais um pecado para mim) ou Nazaré.

Parabéns, Vania.
E obrigada pela partilha.

Beatrix

Criado em: 26/6 19:52
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Comentário a "Palavra r" de Esférico

Membro desde:
6/11/2007 15:11
Mensagens: 2088
Este comentário também se encontrará disponível no perfil do utilizador na caixa de comentários do poema.
O poema, na sua íntegra, estará legível após o comentário.

O R enquanto letra, é uma das mais usadas, ou usadas mais frequentemente. Entra em todos os verbos no infinitivo. Nas acções.
Se o objecto deste feito fosse a letra enquanto palavra, seria mas difícil a sua aceitação, pois falta vogais para lhe dar sentido, contudo, ao nível fonético iria-se safar, pois a letra lê-se Erre.
E aí seria do verbo (outra vez) errar, que para mim tem conotações giríssimas, como o fazer o oposto do acertar; ou vadiar.
No imperativo.

Mas contudo, se usarmos o título unindo ambos os componente, temos outro verbo (e daí o R poder ser importante) que é o "palavrar".
Infrequente.
Contudo, pode-se definir por fazer palavras, ou seja, por pôr palavras. Uma forma simplificada de escrever.

Assim que se vai lendo o corpo do texto, temos um elogio à escrita, numa sua expressão feita de forma exemplar.
A primeira frase é feita na negativa. Como se fosse o tom pretendido.
O que essa frase nos diz, é que há algo de tumultuoso, em pegar na pena, ou no teclado, e criar. Nem que seja um recado na porta de uma loja: volto já.
Esse recado envolve movimento, quer no trabalho feito a escrever, a tornar a caligrafia legível, a gastar a folha da impressora (e tinta), quer na mensagem que é transmitida, isto é, desloquei-me para um certo ponto e voltarei a deslocar-me para este, onde estive.
O tumulto pode ter uma ligação umbilical ao espanto, ao momento exacto da inspiração, e à violência com que nos transtorna, e à expressão, ou tradução desse espanto.
O parágrafo que se segue, tem duas palavras em maiúscula que me apetece salientar: Escrita (a arte de escrever) e Alma. A segunda tem uma forma metafísica que já neguei, enquanto mais jovem, como o Éter, que o meu lado lado prático tem dificuldade em compreender. O meu lado metafórico tem várias definições, mas é mais ou menos como o amor, parece-me um pouco piegas e forçado.
Gostei, muito da expressão "...branco de sítio nenhum..." como superfície onde começa a ideia, a frase, o verso, o pensamento...
Por momentos, penso que aprendemos a S er, pensando. Imitando também (e observando, claro) os Outros.
No parágrafo que se segue, fiquei meio parado no anagrama conseguido entre "...seiva..." e "...veias..." e pergunto-me se terá sido propositado.
Na frase "...É lava incandescente em busca de um mar-porto..." tenho sempre tendência a ter a imagem da matéria vulcânica e o verbo lavar. Creio que há também uma função purificadora da escrita para quem escreve, e talvez, com alguma sorte para todos, para quem lê.

Apesar do tom negativo com que começa, o elogio ao acto, é contínuo.
A mensagem é mais de revolução ou mudança, do que de caos.

Há também alusão a algum talento, ou dom, povoada por alguma sobrenaturalidade, que não gosto plenamente.
Mas que sabe bem ler, e há tendência a querer concordar.

A última frase di-lo tão bem...


Palavra r


Escrever não traz tranquilidade.
A Escrita é uma bola de neve encosta abaixo da Alma, arrancando pedras e ervas e aromas e que termina, repousando, estatelada no branco de sítio nenhum.
São gritos mudos de um não-Ser que assim aprende a S er-se, descobrindo quem são os demais.
Escrever é doçura aos olhos dos restantes depois de ter sido vulcão na Alma de alguém. Rasga veias e tendões, seiva e tensão nervosa feita letras, formas, contornos e curvas acentuadas.
Escrever é ser a Alma uma renda de cornucópias e de retorcidos vazios por onde entram os sorrisos e as almas desconhecidas…
É lava incandescente em busca de um mar-porto, recluso num Tempo perdido e passado.
Não escrever seria não ser nada disto e não ser muito mais também…

Leia mais: https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=373105 © Luso-Poemas


Criado em: 26/6 19:02
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