Re: A Música que nos inspira - N° 9 |
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Flor da Noite - Nana Caymni (2006)
Criado em: 29/6 21:29
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Re: CINEMA - Os filmes da minha vida / Benjamin Pó |
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Super Participativo
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Vi todos esses filmes, incluindo o Remains of the Day Autênticas obras-primas! Que anos, esses. Depois de fecharem os cinemas e com o surgimento das séries e das plataformas de streaming, o cinema como o conhecemos praticamente acabou. É triste. Beatrix
Criado em: 29/6 21:02
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Re: CINEMA - Os filmes da minha vida |
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Administrador
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2/10/2021 14:11 Mensagens:
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Que saudades tenho do cinema nos anos 1990... Em particular do ano de 1993. A lista de filmes é impressionante e alguns dos meus filmes preferidos são desse ano: A lista de Schindler, O Piano, A Idade da Inocência, Adeus Minha Concubina, O Estranho Mundo de Jack... Sem contar com outros, que também nos deram momentos de grande prazer, como Philadelphia, Em Nome do Pai, Orlando e até o primeiro Parque Jurássico. De todos, destaco Os Despojos do Dia, obra maior de James Ivory, com Anthony Hopkins e Emma Thompson, baseado no livro de Kazuo Ishiguro. Continua a encher-me as medidas de cada vez que o revejo e esse entusiasmo levou-me a escrever um poema sobre ele no meu espaço. Se tiverem curiosidade em lê-lo, está aqui.
Criado em: 29/6 10:57
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Re: Comentário a "Herezia", de Vania Lopez |
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25/1/2009 12:13 De Pouso Alegre - MG
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Que olhar visceral. Rasgou as linhas da poesia. Diagonou o espelho. Sou um pincel de agradecimentos. Aos colegas, que deixaram por aqui esse olhar que demora. Grata sempre. Bjs
Criado em: 28/6 0:42
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Devo confessar que sou o contrário, meus passos seguem em contrário. Sou uma pessoa inquieta, vou onde meu vento me leva. Artista Plástica e escritora, as vezes sem saber se pintoraqueescreve ou escritoraquepinta... Procuro por algo, mas a intenção n... |
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Re: Comentário a "Herezia", de Vania Lopez |
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SaLvé
"Herezia" seja feita. Cada um com a sua e cada qual igual a si mesmo. Sem He /a/zia só posso salutar este espaço. PedroL
Criado em: 27/6 17:57
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Pedro Lobo |
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Re: A Música que nos inspira |
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" Queremos PAZ", é uma da músicas que se pode ouvir, dançar e refletir de " Gotan Project" . Em 2001 lançam " La Revenge del Tango " ,revolucionam a forma como se pode sentir o tango, sem no entanto perder sua identidade. PedroL
Criado em: 27/6 17:47
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Pedro Lobo |
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Re: Comentário a "Herezia", de Vania Lopez |
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Administrador
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2/10/2021 14:11 Mensagens:
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Obviamente, concordo com tudo o que disse o Rogério.
Este espaço constituiu-se como um lugar que complementa os comentários feitos aos poemas na página de cada utilizador. Uns mais curtos, outros mais longos, todos estes textos têm o mesmo objetivo: lançar luz sobre os poemas, não para os compreender (a poesia não é redutível à compreensão racional), mas para fazer brilhar os aspetos que, por estarem na penumbra dos versos, passam despercebidos. Fico feliz com a presença da Beatrix em mais este projeto, ela que tem sido uma colaboradora assídua e cheia de entusiasmo em diversos espaços deste site. Aliás, é ótimo ver numerada a análise, dando a entender que se prepara para mais. Que venham muitas e tão interessantes como esta. Abraços para os dois!
Criado em: 27/6 13:07
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Re: Comentário a "Herezia", de Vania Lopez |
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6/11/2007 15:11 Mensagens:
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Acho uma oportunidade fantástica os vários utilizadores publicarem as suas reflexões no espaço crítico.
Nisto podemos agradecer a Benjamin Pó a ideia, e vários contributos seus. Tudo aquilo que se possa acrescentar a um comentário, ou à iniciativa inicial de comentar um poema, é positivo, enriquece a reflexão. Vozes concordantes, vozes discordantes... Ou visões completamente inesperadas. Esta, que a Beatrix nos traz, é assim. A ligação dos versos, das metáforas, ao elemento espiritual é de excepção. Um verdadeiro abre-olhos. E se, segundo a alguns, como li ao Silva Santos recentemente, o poema é enigma, interpretação, é saudável ver esta.
Criado em: 27/6 7:25
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Sou fiel ao ardor, amo esta espécie de verão que de longe me vem morrer às mãos e juro que ao fazer da palavra morada do silêncio não há outra razão. Eugénio de Andrade Saibam que agradeço todos os comentários. Por regra, não respondo. |
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Comentário a "Herezia", de Vania Lopez |
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Super Participativo
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23/5 2:48 Mensagens:
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"Herezia" de Vania Lopez - Link para o texto original
“Herezia” de Vania Lopez permita-me despir sua ausência cortejar sua nudez bebendo seu vinho… lançar a irreverência de minha ausência estar tão perto da tua que mal possa tocar em nenhuma lembrança tardia ANÁLISE Nº 1 Não posso dizer que partilho das opiniões e comentários que os meus excelentes colegas fizeram antes de mim. Próprio de quem lê poemas tão ricos e subjetivos, por vezes, que podem originar interpretações até opostas. Depois de ler e reler o poema, uma primeira e clara impressão ficou nítida para mim: a negação (tardia); o sentido do nada (despir, nudez); do não (mal possa tocar ou nenhuma lembrança); do vazio (a ausência). Existe, para mim, uma imagem clara de NADA, mas que não é zero. Podia até ser infinito... Além disso, e talvez o que me impressiona e sugestiona mais no poema é a espiritualidade ali presente. No título, ficamos logo avisados de que o se segue é heresia ou Herezia, como o escreve a autora. O sujeito poético (s.p.) é herege? Vejamos. O poema inicia com uma forma muito deferente de se dirigir ao interlocutor, o outro – permita-me. Portanto, este é alguém que, muito provavelmente merece reverência, cuidado, atenção, um poema... A permissão é para despir a ausência, como se esta estivesse vestida; e uma ausência vestida não deixa de ser uma ausência. Mas cortejar sua nudez requer presença, ainda que não física, e a imaginação daquele(a) que se encontra nu(a). E aqui eu diria que o s.p. fala de Jesus Cristo na cruz. Ausente com um herege pela frente, e nu, despido. Quando se reza, se venera o Filho, olhámo-lo na cruz, e é sempre assim que está: despido com um pequeno pano apenas para que o cortejar e o rezar sejam atos de amor e/ou fé, e não de cobiça ou luxúria (herezia minha). bebendo seu vinho... e isto é o que os cristãos fazem na eucaristia: é-lhes dado o corpo e sangue de Deus, mas só se estiverem livres de pecado. O sangue é o vinho e o corpo o pão. Beber do sangue de Deus, ou do Filho, em pecado, é de um herege que até se atreve a lançar a irreverência de assumir a sua própria ausência, ainda que perto da dele, na Cruz. Será? E assim mal possa tocar em nenhuma lembrança. O castigo, devido ou não, merecido ou não, preferido ou não... (...) tardia, o s.p. refere-se a um passado ou a um futuro? Se por um lado, a lembrança nos remete para o passado, o tardia lembra-nos o futuro. E é no presente que escreve este nosso s.p. Abdicando do Céu que Deus promete, de acordo com os atos praticados em vida (as lembranças tardias?). Temos um herege que assume ser o Inferno o seu destino por Herezia? Até o z de Herezia, que substitui o s na palavra, me fez lembrar de Nazaré, Jesus de Nasaré (mais um pecado para mim) ou Nazaré. Parabéns, Vania. E obrigada pela partilha. Beatrix
Criado em: 26/6 19:52
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Comentário a "Palavra r" de Esférico |
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6/11/2007 15:11 Mensagens:
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Este comentário também se encontrará disponível no perfil do utilizador na caixa de comentários do poema.
O poema, na sua íntegra, estará legível após o comentário. O R enquanto letra, é uma das mais usadas, ou usadas mais frequentemente. Entra em todos os verbos no infinitivo. Nas acções. Se o objecto deste feito fosse a letra enquanto palavra, seria mas difícil a sua aceitação, pois falta vogais para lhe dar sentido, contudo, ao nível fonético iria-se safar, pois a letra lê-se Erre. E aí seria do verbo (outra vez) errar, que para mim tem conotações giríssimas, como o fazer o oposto do acertar; ou vadiar. No imperativo. Mas contudo, se usarmos o título unindo ambos os componente, temos outro verbo (e daí o R poder ser importante) que é o "palavrar". Infrequente. Contudo, pode-se definir por fazer palavras, ou seja, por pôr palavras. Uma forma simplificada de escrever. Assim que se vai lendo o corpo do texto, temos um elogio à escrita, numa sua expressão feita de forma exemplar. A primeira frase é feita na negativa. Como se fosse o tom pretendido. O que essa frase nos diz, é que há algo de tumultuoso, em pegar na pena, ou no teclado, e criar. Nem que seja um recado na porta de uma loja: volto já. Esse recado envolve movimento, quer no trabalho feito a escrever, a tornar a caligrafia legível, a gastar a folha da impressora (e tinta), quer na mensagem que é transmitida, isto é, desloquei-me para um certo ponto e voltarei a deslocar-me para este, onde estive. O tumulto pode ter uma ligação umbilical ao espanto, ao momento exacto da inspiração, e à violência com que nos transtorna, e à expressão, ou tradução desse espanto. O parágrafo que se segue, tem duas palavras em maiúscula que me apetece salientar: Escrita (a arte de escrever) e Alma. A segunda tem uma forma metafísica que já neguei, enquanto mais jovem, como o Éter, que o meu lado lado prático tem dificuldade em compreender. O meu lado metafórico tem várias definições, mas é mais ou menos como o amor, parece-me um pouco piegas e forçado. Gostei, muito da expressão "...branco de sítio nenhum..." como superfície onde começa a ideia, a frase, o verso, o pensamento... Por momentos, penso que aprendemos a S er, pensando. Imitando também (e observando, claro) os Outros. No parágrafo que se segue, fiquei meio parado no anagrama conseguido entre "...seiva..." e "...veias..." e pergunto-me se terá sido propositado. Na frase "...É lava incandescente em busca de um mar-porto..." tenho sempre tendência a ter a imagem da matéria vulcânica e o verbo lavar. Creio que há também uma função purificadora da escrita para quem escreve, e talvez, com alguma sorte para todos, para quem lê. Apesar do tom negativo com que começa, o elogio ao acto, é contínuo. A mensagem é mais de revolução ou mudança, do que de caos. Há também alusão a algum talento, ou dom, povoada por alguma sobrenaturalidade, que não gosto plenamente. Mas que sabe bem ler, e há tendência a querer concordar. A última frase di-lo tão bem... Palavra r Escrever não traz tranquilidade. A Escrita é uma bola de neve encosta abaixo da Alma, arrancando pedras e ervas e aromas e que termina, repousando, estatelada no branco de sítio nenhum. São gritos mudos de um não-Ser que assim aprende a S er-se, descobrindo quem são os demais. Escrever é doçura aos olhos dos restantes depois de ter sido vulcão na Alma de alguém. Rasga veias e tendões, seiva e tensão nervosa feita letras, formas, contornos e curvas acentuadas. Escrever é ser a Alma uma renda de cornucópias e de retorcidos vazios por onde entram os sorrisos e as almas desconhecidas… É lava incandescente em busca de um mar-porto, recluso num Tempo perdido e passado. Não escrever seria não ser nada disto e não ser muito mais também… Leia mais: https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=373105 © Luso-Poemas
Criado em: 26/6 19:02
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