Re: Comentário a "de cinza a rubro", de Rogério Beça |
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Legião dos Tristes
[dos cativos sem cativeiro] Não há tristeza maior do que esta Fazer do ser triste uma festa... (Sem autoria) - Não há Tristeza maior do que esta Fazer do ser triste uma festa (Também sem Autor)
Criado em: 12/12/2024 12:14
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Sou fiel ao ardor, amo esta espécie de verão que de longe me vem morrer às mãos e juro que ao fazer da palavra morada do silêncio não há outra razão. Eugénio de Andrade Saibam que agradeço todos os comentários. Por regra, não respondo. |
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Comentário a "de cinza a rubro", de Rogério Beça |
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Da casa!
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“de cinza a rubro”, de Rogério Beça – Link para o texto original
“de cinza a rubro”, de Rogério Beça de rubro a cinza Alegrem-se os incolores, os puros vitrais, cristais, os autores Tristes os de carne-viva, os azulados, encarnados, e a cativa E vivam os indiferentes ANÁLISE Nº 2 Nesta análise, vejamos cada verso: de rubro a cinza – um dos meus versos preferidos. Podemos ver este cinza como uma cor entre o preto e o branco, ou os resíduos de algo queimado, finado, acabado. Ao contrário, o rubro é algo vermelho-vivo como o sangue, o fogo. Ardente. Quer num caso, quer no outro podemos estar a falar só de cores ou só de símbolos ou de ambos. Escolhamos ambos. Portanto, o sujeito poético começa por nos dizer que vai do incipiente acabado em direção ao ardente, que queima e que vive. Ao cúmulo da excitação. No título, atenção! Porque no poema, e neste primeiro verso de que falo, é ao contrário. Quererá que andemos em círculos? Ou para a frente e para trás? Alegrem-se os incolores, os puros vitrais, cristais, os autores Autores incolores não se veem. Alegrem-se, diz-nos. A ausência de cor é motivo de alegria, e os que criam são assim ou, se não são, deviam. A cor que deve alegrar, juntamente com aquela que não existe, é a que se apresenta como mistura heterogénea: vitrais puros – onde conseguimos vislumbrar a cor e a sua beleza nos desenhos e figuras que vemos; cristais, onde a cor assume várias tonalidades e tem poderes a ela associados, significados atribuídos. A cor não só como atributo, mas como fazendo parte do objeto, característica sua. Assim, a alegria deverá ser também. Tristes os de carne-viva, os azulados, encarnados, e a cativa A seguir à alegria, a tristeza. Agora com algumas cores básicas nomeadas. Acima dissemos que iríamos em direção ao vermelho-vivo, ao ardente. Mas não parece ser o caso pois se estamos face a uma tristeza de carne-viva. E o rubro começa pelos de carne-viva (Pedro Almodóvar tem um filme com este nome: “Em Carne-Viva”). Aqueles que têm uma forte sensualidade, a parte corpórea do ser humano. Vermelha. Como os encarnados, que devemos ser todos nós incluindo os primeiros, os rubros. Não é o nosso sangue desta cor? No dicionário há vários significados, com distintas diferenças. Escolhemos estes porque nos parece ser o que o autor pretendia. Os azulados serão os de sangue real ou da nobreza; ou então os mortos por venenos tão letais como a Atropa belladonna. Naturalmente, que estes serão tristes. Mas e os de carne-viva? E os encarnados? Concluimos daqui que todos somos tristes segundo o sujeito poético, e de nada temos que nos alegrar. Porque vivemos a vida, temos sangue nas nossas veias vermelhas, a pulsar, a contar o tempo que passa, a contar o tempo que falta... E a cativa? É quem? Uma escrava em cativeiro? Uma mulher embaraçada? Uma cor que se desbota facilmente! Sim, é triste: ser uma cor que “desmaia”. E vivam os indiferentes São estes os que melhor vivem. Serão? Os que não se ralam com nada, que não se preocupam, que vivem olhando para o lado. De que cor serão? Eu aposto no cinza do 1º verso. E é assim que deve acabar, no cinza, nos indiferentes. Afinal, vivam os cinzas! Tenho para mim que quando não se vive intensamente, não se faz tanto doente, não há rubro suficiente... Ótimo poema, Rogério. Custa um pouco dissecar até ao osso um poema de que gostei tanto. Espero tê-lo feito sem afetar, em nada, o poema. De todo o modo, é uma leitura possível e um exercício interessante. Obrigada. Beatrix
Criado em: 11/12/2024 18:01
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Re: Manual de versificação |
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8/6/2021 2:23 De Guararema - SP
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Post excelente, fiquei feliz ao encontrá-lo. Matheus Mavericco realmente entende do riscado, tendo, inclusive, um curso de latim. Este texto sobre versificação é ótimo, daqueles que sempre consulto para aprofundar o aprendizado. Mas, porém, ao poeta iniciante, convém, antes do contato com esse tipo de conteúdo, ter um repertório vasto de leituras, conhecer poetas e versos de variadas épocas. A leitura atenta é a principal ferramenta de um escritor.
Criado em: 19/11 18:05
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Re: Sebastião Alba - "um dos grandiosos deuses humildes da palavra" |
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Da casa!
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Felizmente alguém registou a voz, o movimento, a aura... para a posteridade
https://www.youtube.com/watch?v=Ita9PDvAX0g https://www.youtube.com/watch?v=AapS1cynC58
Criado em: 13/11 9:48
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Sebastião Alba - "um dos grandiosos deuses humildes da palavra" |
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Da casa!
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6/5 16:45 De Braga
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Olá amigos. Criei este tópico para dar a conhecer um poeta extraordinário, cuja história podem conhecer através do vídeo acima, documentário transmitido pela RTP em julho de 2022. Alguns dos poemas, deste poeta errante, já podem ser lidos na página criada aqui no LP: Sebastião Alba Dinis Albano Carneiro Gonçalves, cujo pseudónimo é Sebastião Alba (Braga, 11 de Março de 1940 - 14 de outubro de 2000) foi um escritor naturalizado moçambicano. Pertenceu à jovem vaga de autores moçambicanos que vingam na literatura lusófona. Nasceu em Braga, tendo vivido na infância com a família em Torre de Dona Chama, até partirem para Moçambique em 1950. Voltou a Portugal no começo dos anos 80, tendo alternado a residência entre Braga e Torre de Dona Chama. Desiludido com a situação política em Moçambique, regressou a Portugal, em 1983. Após vários problemas familiares e com problemas de álcool e tabaco, Sebastião Alba resolveu ir sozinho para a sua cidade natal e, por decisão própria, passou a viver na rua. Depois de um primeiro livro que renegou, publicou ainda em Moçambique O Ritmo do Presságio. Já em Portugal, reedita O Ritmo do Presságio e publica A Noite Dividida. Através do escritor Herberto Helder, a Assírio & Alvim convidou-o para editar uma grande antologia da sua poesia, a que acrescentou o inédito O Limite Diáfano. Faleceu com 60 anos, atropelado numa rodovia em Braga. Deixa um bilhete dirigido ao irmão: «Se um dia encontrarem o teu irmão Dinis, o espólio será fácil de verificar: dois sapatos, a roupa do corpo e alguns papéis que a polícia não entenderá» Facebook: Sebastião Alba
Criado em: 12/11 17:46
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Re: A Música que nos inspira - OC |
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Administrador
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15/2/2007 12:46 De Porto
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dicas para processo de descongelamento com sucesso:
bom fim semana atenciosamente HC
Criado em: 9/11 13:59
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" An ye harm none, do what ye will " |
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Re: Apresentação do Movimento pró-Luso |
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Membro de honra
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24/12/2006 19:19 De Montemor-o-Novo
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Pergunta-se, por curiosidade e por uma questão de não se perder a História (serve sempre para não repetir erros), passados 12 anos como ficou este assunto do MPL?
Criado em: 3/11 22:01
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A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma |
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Re: Como colocar vídeos no fórum |
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Membro de honra
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Olá
Sou muito agradecida. um abraço Katz
Criado em: 16/10 13:58
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Sou Mundos! Chris |
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Como colocar vídeos no fórum |
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Explicação sobre como colocar um vídeo no comentário
Criado em: 16/10 13:31
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Re: CINEMA - Os filmes da minha vida |
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Membro de honra
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12/2/2022 16:52 Mensagens:
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Olá Maya! Excelente ideia! Só vi hoje. Amo cinema e Cinema ! Se me ensinar a postar por aqui, poderei enviar os Filmes Brasileiros e Internacionais que mais amei assistir! Um imenso Beijo Chris Katz
Criado em: 15/10 21:41
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Sou Mundos! Chris |
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