Re: Comentário a "Jazz" de Beatrix / R. Beça |
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Da casa!
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Olá, Rogério. Deixas-me um pouco sem palavras. Responder-te seria comentar um poema meu, quase. Assim sendo, não vou fazê-lo dessa forma. Antes, agradecer-te a atenção com que leste o meu texto e a dedicação na escrita do Comentário no Espaço Crítico. Clarinete parece-me bem, para nome. Bom fim de semana! Ab Beatrix
Criado em: 21/3 16:53
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Comentário a "Jazz" de Beatrix |
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O poema, na sua íntegra, estará legível após o comentário. Clarinete. É o que me apetece dizer, ou antes, sugerir, ao sujeito poético. O Jazz enquanto género musical faz-me lembrar um pouco a poesia. Nunca está na moda, toda o\a gente conhece, e os seus amantes adoram-no\a. A outra coisa que imediatamente me faz lembrar é o improviso. Haverá improviso neste poema? Estruturalmente tem simetria quanto baste. Varia um pouco na métrica e no número de versos em duas estrofes, mas já vi variação maior, noutros desta autora. A constante que verifico é o arrojo, na linguagem e na originalidade. Voltando ao improviso, noto-o mais de estrofe para estrofe na mudança de referência e personagens. O sujeito poético está na primeira pessoa, mas a universalidade encontrada em cada verso, torna a composição também complexa. A ironia no "...comentarista de profissão..." que podemos encontrar no segundo verso da primeira estrofe podemos encontrar no "...paciente em cura..." no quarto da segunda. Aliás, gostaria de salientar a segunda estrofe como recurso a génio. Acho-a magnífica. "...Decifrei o código matemático da chuva Já sei como sintetizar o céu..." Acho este dístico muito bem engendrado. Roçam ambos os versos o impossível, mas exequível num futuro longínquo.. Entre o "...decifrei..." e o "...já sei como..." não há como distingui-los além da rima a meio verso que constituem. Acho ambos os versos tão poéticos... um dia vou sintetizar o céu também... Aliterações no segundo verso em SS; o aforismo, em "...o presente é um paciente em cura..."; uma "...Laurinha..." desconhecida que entra num diálogo apenas para fazer ligação à estrofe seguinte, em que entram "...Os jovens...", o diminutivo não é inocente. "...Os jovens..." que tanta inveja fazem, apenas por serem isso. O terceto final também tem a sua magia. "...Eu decidi o verão dos livros..." é uma metáfora bem construída. Quem é capaz de comandar o rumo dos acontecimentos, e a própria história, é de louvar. Em relação ao desejo final que se lê no derradeiro verso, eu escolhi o clarinete porque tem uma sonoridade menos madura do que o saxofone ( que também aprecio), mas faz uns agudos quase desafinados belíssimos. Mas jazz também é orquestra. Composição. Rigor. Favoritei este poema à primeira leitura. Obrigado, por mais um tão, tão bom. Jazz Escrevo distante do ritmo Do comentarista de profissão O vento levou-me a memória e só restou a história Decifrei o código matemático da chuva Já sei como sintetizar o céu Vês, Laurinha, o presente é só Um paciente em cura Os jovens são, de facto, jovens E eu quero esse teu dom demonstrado ontem Mesmo sabendo que ontem já passou A árvore daqui inclinada para o chão Genuflexão possível Ou quer beijar a erva abandonada Eu decidi o verão dos livros Deixei cartas nas campas Mas fui ao funeral Quem me dera ter nome de instrumento musical! Leia mais: https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=377209 © Luso-Poemas
Criado em: 20/3 19:23
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Comentário a "O cigarro e o fumante" de Srta.M.Diniz |
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O poema, na sua íntegra, estará legível após o comentário. Tenho de comentar este poema. O título apresenta-nos os protagonistas. Acredito que a ordem de apresentação se reflita no autor, na importância que as personagens podem ter. Normalmente, o cigarro vem primeiro do que muitas outras coisas, para quem o fuma. No que toca a dependências, não raro, o objecto de vício passa à frente do viciado com muita facilidade. Os toxicodependentes que o digam. Ou os alcoólicos. A segunda estrofe. Dois versos duma dimensão inusitada. Porque fiquei meio perdido no verbo tragar e a esbarrar no verbo trazer. Gostei do travo da ambiguidade. E de como parece estarmos no meio de um diálogo em que o fumante (gosto de fumador mas fumante coloca-me num fumador amante) justifica o hábito com um "...posso senti-la em meus lábios..." e as imagens surgem... há um certo erotismo. Mas o último verso, áspero, quase bruto, deixa-nos num patamar de desprezo fácil e previsível, com uma rima a meio de verso que lhe dá uma sonoridade singular. Um verso muito escarrado. Escarrado de bom. A fala do cigarro (primeiros dois versos), não são tão convincentes, sendo o primeiro verso uma antítese da força simples dos restantes. Ainda assim, há um lado futurista trágico com o "...cancerígeno..". Os estudos feitos sobre o fumo não enganam e está provado pela comunidade científica, também em doenças cardiovasculares. E outras. Tem um quê de mágico, também. De tradução de introdução na idade adulta. Quantos adolescentes não tentaram mostrar que já não eram crianças por fumarem? Um acto íntimo e ao mesmo tempo social. Mas há amargura no segundo verso. Em todos nós. O cigarro e o fumante Serei teu cancerígeno produto, tão formidável tabaco Entrarei em teus pulmões, para te libertar do teu amargo . Eis que quando te trago, posso senti-la em meus lábios E quando te escarro, você é apenas um cigarro. Leia mais: https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=322767 © Luso-Poemas
Criado em: 14/3 18:44
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Re: A Música que nos inspira Nº 12 |
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Da casa!
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Do álbum Down The Way (2010), "Big Jet Plane" de Angus & Julia Stone: "Be my lover, my lady river Can I take ya, take ya higher Gonna take her for a ride on a big jet plane Gonna take her for a ride on a big jet plane Gonna take her for a ride on a big jet plane Gonna take her for a ride on a big jet plane Hey hey Hey hey Gonna hold ya, gonna kiss ya in my arms Gonna take ya away from harm Gonna hold ya, gonna kiss ya in my arms Gonna take ya away from harm ..."
Criado em: 10/3 18:36
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Re: A Música que nos inspira Nº 11 |
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Da casa!
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8 de março... um dia como outro qualquer, certo? Aqui fica uma música para dançar, do álbum Adult Swim Singles Program (2015) dos Chromatics: At night I'm driving in your car Pretending that we'll leave this town We're watching all the street lights fade And now you're just a stranger's dream I took your picture from the frame And now you're nothing like you seem Your shadow fell like last night's rain
Criado em: 8/3 18:04
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Re: Olá |
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Da casa!
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Olá!
Promissor esse texto de apresentação. Esperamos que gostes de aqui estar e que aproveites o que o Luso-Poemas tem para oferecer. Sê muito bem-vinda. Ab Beatrix
Criado em: 8/3 17:34
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Re: Olá |
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Da casa!
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Olá, salucci_th.
Se a tua poesia for da qualidade desta apresentação, estou muito curiosa para a ler. Sê muito bem-vindo. Ab Beatrix
Criado em: 8/3 17:32
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Re: Olá |
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Que sejas bem-vinda ao Luso. Que encontres por aqui o que procuras e que sejas mais uma página deste já longo caminho de quase duas décadas.
Falando por mim (e penso que por todos), a portas está aberta a todos os leitores, dos quais espero uma leitura crítica.
Criado em: 15/2 19:03
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Olá |
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Participativo
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4/2 18:27 Mensagens:
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Meu nome é Débora Pinto, e a literatura sempre foi parte essencial da minha jornada. Há mais de uma década, atuo como biblioterapeuta, explorando o poder dos livros não apenas como fonte de conhecimento e deleite, mas como um caminho para a cura e a expressão emocional.
Acredito que cada página lida pode ser um espelho da alma ou uma janela para novas perspectivas. Entre versos, prosas e reflexões, encontro a matéria-prima para transformar sentimentos em diálogos e histórias em possibilidades de renascimento. Chego ao Luso Poemas com o coração aberto para trocar experiências, compartilhar leituras e me perder (e me encontrar) entre palavras e emoções. Que nossas letras possam se entrelaçar e criar laços! Nos vemos nas páginas e entrelinhas!
Criado em: 15/2 13:56
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Re: CINEMA - Os filmes da minha vida |
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6/11/2007 15:11 Mensagens:
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Continuando a senda de filmes com uma certa tendência para o perturbador, vi há umas semanas, pela primeira vez, na TV um filme de 1996 chamado "Crash".
Realizado por David Cronenberg, relata a perda da inocência. Com James Spader que anos antes participara num não menos alternativo "Sexo, mentiras e vídeo". Apresenta-nos um elenco de luxo em que o protagonista é Elias Kosteas, mas é extremamente bem acompanhado por Holy Hunter, Rosanna Arquette e Deborah Unger, além do supracitado James Spader. Uma viagem ao mundo da parafilia, cujo fetiche são os acidentes de viação. É favor pôr uma bolinha vermelha e não sair da frente do ecrã.
Criado em: 1/2 14:41
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Sou fiel ao ardor, amo esta espécie de verão que de longe me vem morrer às mãos e juro que ao fazer da palavra morada do silêncio não há outra razão. Eugénio de Andrade Saibam que agradeço todos os comentários. Por regra, não respondo. |
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