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16/02/2007 Olá jojo!
TrabisDeMentia

Webmaster

Como vais? Bem vinda ao baile de Carnaval!!!

 


16/02/2007 poema
Stacarca

Muito Participativo

O NOIVADO DO SEPULCRO



BALADA



Vai alta a lua! na mansão da morte

Já meia-noite com vagar soou;

Que paz tranquila; dos vaivéns da sorte

Só tem descanso quem ali baixou.



Que paz tranquila!... mas eis longe, ao longe

Funérea campa com fragor rangeu;

Branco fantasma semelhante a um monge,

D'entre os sepulcros a cabeça ergueu.



Ergueu-se, ergueu-se!... na amplidão celeste

Campeia a lua com sinistra luz;

O vento geme no feral cipreste,

O mocho pia na marmórea cruz.



Ergueu-se, ergueu-se!... com sombrio espanto

Olhou em roda... não achou ninguém...

Por entre as campas, arrastando o manto,

Com lentos passos caminhou além.



Chegando perto duma cruz alçada,

Que entre ciprestes alvejava ao fim,

Parou, sentou-se e com a voz magoada

Os ecos tristes acordou assim:



«Mulher formosa, que adorei na vida,

«E que na tumba não cessei d'amar,

«Por que atraiçoas, desleal, mentida,

«O amor eterno que te ouvi jurar?



«Amor! engano que na campa finda,

«Que a morte despe da ilusão falaz:

«Quem d'entre os vivos se lembrara ainda

«Do pobre morto que na terra jaz?



«Abandonado neste chão repousa

«Há já três dias, e não vens aqui...

«Ai, quão pesada me tem sido a lousa

«Sobre este peito que bateu por ti!



«Ai, quão pesada me tem sido!» e em meio,

A fronte exausta lhe pendeu na mão,

E entre soluços arrancou do seio

Fundo suspiro de cruel paixão.



«Talvez que rindo dos protestos nossos,

«Gozes com outro d'infernal prazer;

«E o olvido cobrirá meus ossos

«Na fria terra sem vingança ter!



– «Oh nunca, nunca!» de saudade infinda

Responde um eco suspirando além...

– «Oh nunca, nunca!» repetiu ainda

Formosa virgem que em seus braços tem.



Cobrem-lhe as formas divinas, airosas,

Longas roupagens de nevada cor;

Singela c'roa de virgínias rosas

Lhe cerca a fronte dum mortal palor.



«Não, não perdeste meu amor jurado:

«Vês este peito? reina a morte aqui...

«É já sem forças, ai de mim, gelado,

«Mas inda pulsa com amor por ti.



«Feliz que pude acompanhar-te ao fundo

«Da sepultura, sucumbindo à dor:

«Deixei a vida... que importava o mundo,

«O mundo em trevas sem a luz do amor?



«Saudosa ao longe vês no céu a lua?

– «Oh vejo sim... recordação fatal!

– «Foi à luz dela que jurei ser tua

«Durante a vida, e na mansão final.



«Oh vem! se nunca te cingi ao peito,

«Hoje o sepulcro nos reúne enfim...

«Quero o repouso de teu frio leito,

«Quero-te unido para sempre a mim!»



E ao som dos pios do cantor funéreo,

E à luz da lua de sinistro alvor,

Junto ao cruzeiro, sepulcral mistério

Foi celebrada, d'infeliz amor.



Quando risonho despontava o dia,

Já desse drama nada havia então,

Mais que uma tumba funeral vazia,

Quebrada a lousa por ignota mão.



Porém mais tarde, quando foi volvido

Das sepulturas o gelado pó,

Dois esqueletos, um ao outro unido,

Foram achados num sepulcro só.



Soares de Passos, 1853

 


16/02/2007 Mulher para Trabis
Tália

Colaborador

E por muito que tentassem aquele segundo nunca mais vingou... existe sim o amor, mas não sem desilusão e dor...
existe sim a amizade, mas o rancor e o ódio também ficaram... o homem transporta a força... a mulher a esperança de um mundo melhor no olhar de uma criança

 


16/02/2007 A mulher a mulher p/tália
TrabisDeMentia

Webmaster

O homem sonhou, a mulher realizou. Ele idealizou um mundo. Ela o criou. E nesse segundo tudo pareceu mágico, havia um dom. O amor. Essa real vontade de imaginar, que para cada qual existe um par. Mas o segundo passou... a voar. E ninguém fez questão de agarrar... a verdade! A dor e a desilusão, esses sim, quiseram ficar. Deram as mãos e governaram o mundo de então. Do sonho cada um tirou metade . Homem para um. Mulher para “outro”...

 


16/02/2007 ,
João Filipe Ferreira

Colaborador

não sei o que dizer,
não sei o que pensar,
muito menos o que fazer...
pensando melhor:
enquanto vos leio..vou continuar a beber...

 


16/02/2007 Mulher
Tália

Colaborador

A mulher é a base de tudo...
Do amor, da união, da amizade, da paixão
do querer, do dar, do sentir, do parir, do amamentar... do sonhar

 


16/02/2007 A uma amiga
TrabisDeMentia

Webmaster



Nada mudaria em meu passado
Porque ao brincar com o destino
Poderia não mais me cruzar contigo
E o simples fato de te conhecer
Me leva a crer que estou no meu caminho
Um caminho que não trilho sozinho
Um trilho que é meu abrigo
Um abrigo a céu aberto
Um céu aberto, estrelado e negro
De um negro que só teus olhos negros podem igualar
Então porquê mudar o meu passado?
Se eu fosse mago...
Que poderia eu querer mudar?
Eu já te tenho tão perto, tão em mim
Quem sabe se ao mudar não seria assim
E estaria eu caminhando ao relento
Com um círculo gasto sob meus pés
Desconhecendo este sentimento
Não fazendo ideia de quem tu és.
Mas eu sei que és, sei que estás, onde e porque estás!
Então para quê mudar o meu passado
E te ocultar ao coração?
Tu, só tu me dás
Alegria em cada vez que dás
Um passo desses passos que dás
Com a tua mão em minha mão!
E nessa mão de criança
Que infelizmente a vista não alcança
Eu sei que existe uma linha
Que começa aí e termina aqui
Aqui onde termina a minha!
Por isso, repito, não mudaria
Uma virgula sequer á minha vida
Meu amor, meu abrigo, minha amiga!

 


16/02/2007 Tália!
TrabisDeMentia

Webmaster

Sim, eu chamo-lhe tenda
Mas que lhe chame o que quiser
Só espero que não se ofenda
Quem lhe chame por mulher

 


16/02/2007 Amizade
Tália

Colaborador

E que maior amor que temos aqui bailado se não o amor da amizade...
Amizade é o que temos construido aqui, neste site todos os dias... teu texto é puro, verdadeiro. E quem sabe um dia destes nós sentaremos á mesma mesa almoçando poesia que é a base da amizade que ns une....
claro que eu levarei o vinho, alimento de união

 


16/02/2007 Tenda???
Tália

Colaborador

Pois. pois Trabis
agora chama-lhe tenda...
Já lhe ouvi chamar muitas coisas,
mas tenda????

 


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