Sob um rosto de paciência,
de uma efígie celestial do meu sonho de odisseia,
nisto que eu sou, uma apatia, um agridoce,
na insónia como uma bússola escondida,
dentro deste barco giratório,
este seguimento desta navegação sem maré,
lavando a cara desta agua doce neste mar salgado,
deste doce que deixamos correr, do nosso sal que enxugamos,
nosso suor do cansaço sem nenhuma diferença,
entre eu e vós, sem nenhuma diferença entre terra e areia
... Tudo é pó, como tudo deixa se ir com o vento,
segurando as nossas raízes do desespero,
carregando a nossa continua nostalgia,
enriquecendo o nosso sorriso tampouco verdadeiro.
Hugo Dias 'Marduk'